Desligamentos que Abalaram o Itaú

As demissões drásticas do Itaú na última segunda-feira (8) acenderam um verdadeiro incêndio nas redes sociais, especialmente no LinkedIn. Funcionários e ex-colaboradores estão compartilhando suas experiências, e a sensação dominante é de falta de transparência durante o processo.

Critérios Questionáveis e Reações

O banco justificou as demissões com alegações de ‘incompatibilidades’ relacionadas ao controle de ponto e atividades registradas durante o home office. Entretanto, muitos ex-funcionários afirmam que os critérios são obscuros e expressaram sua indignação em posts que rapidamente ganharam milhares de curtidas.

Relatos Impactantes

Um ex-funcionário, que dedicou 28 anos ao banco, manifestou sua incredulidade ao ser informado de sua demissão. Ele se perguntou se era proibido interagir com sua própria família enquanto aguardava por aprovações que demoravam. Sua publicação, que gerou grande repercussão, alcançou 5.000 curtidas e quase 2 milhões de visualizações em outras plataformas.

Outro relato comovente veio de um trabalhador autista que superou as expectativas de desempenho, atingindo quase 200% das metas. Ele ficou tão chocado com a demissão que precisou de assistência médica devido à pressão emocional. 'Foi uma surpresa devastadora', desabafou.

Ambiente de Trabalho Tenso

Dentro do Itaú, a atmosfera é de incerteza. Trabalhadores temem novas demissões e compartilham relatos de feedbacks negativos que afetam suas carreiras. Uma colaboradora com mais de 15 anos de casa revelou que assinou um feedback que não concordava e agora teme pelas suas futuras promoções.

Monitoramento e Justificativas

O banco afirmou que os desligamentos foram resultantes de um processo criterioso, embora muitos ex-colaboradores afirmem que estavam recebendo bons resultados. Segundo o Itaú, 60% dos funcionários estão em regime híbrido ou remoto, e essa mudança trouxe a necessidade de maior responsabilidade por parte dos colaboradores.

Busca por Respostas

Diversos ex-funcionários destacaram que perceberam com mais clareza os motivos de suas demissões apenas ao ler relatos de colegas nas redes sociais, que mencionavam a monitorização da atividade digital por software como o xOne. O Itaú, por sua vez, reafirma que as demissões não visavam reduzir o quadro, mas sim adequar a produtividade.

Uma Nova Realidade para os Colaboradores

Os desabafos e relatos diários indicam que a cultura corporativa do Itaú está passando por um estresse significativo, e a confiança no ambiente de trabalho foi abalada. Enquanto isso, o banco segue implementando políticas que exigem maior responsabilidade e monitoramento dos colaboradores, deixando muitos com medo do futuro em suas carreiras.