Nação

Debate em SP: explosões de críticas à gestão de Ricardo Nunes e Marçal deixado de lado

2024-09-28

No último sábado, 28, ocorreu o nono debate entre os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido pela Record TV. O evento se destacou pela intensificação dos ataques direcionados à administração de Ricardo Nunes (MDB), com Tabata Amaral (PSB) adotando uma nova estratégia, enquanto Pablo Marçal (PRTB) permaneceu isolado, vivendo a tensão após o episódio de violência que envolveu sua equipe no debate anterior.

O debate foi marcado por trocas acaloradas entre Nunes e Marçal, que se esquivaram de discutir diretamente o incidente de agressão. Nunes foi questionado sobre uma suposta participação em esquemas de corrupção, enquanto Marçal enfrentou perguntas sobre seus problemas legais. Criou-se um clamor em torno das falhas na gestão atual concerning educação, saúde, segurança e a falta de apoio aos moradores de rua, áreas onde a oposição tem criticado Nunes com veemência.

Uma nova dinâmica foi observada quando Amaral, que normalmente direcionava suas críticas a Marçal, optou por atacar Guilherme Boulos, revelando divergências entre sua postura e a do PSOL. Boulos e Datena, por sua vez, mantiveram uma parceria crítica à gestão de Nunes, tornando-se assim um dos principais alvos das intervenções.

Marçal foi novamente deixado de lado nas dinâmicas das perguntas, sendo apenas interpelado quando restaram poucos candidatos para se manifestar. Durante esse espaço, ele provocou Boulos utilizando um apelido inadequado, o que resultou em 30 segundos a menos em suas considerações finais.

Nos confrontos diretos, foi interessante notar um embate sobre o incidente de agressão entre Marçal e Datena, onde o jornalista reforçou que não se deixou levar pela situação e que o caso será tratado judicialmente. Datena também reafirmou seu compromisso com a eleição e que não se afastará do cargo caso vença.

Durante o debate, Marina Helena se posicionou a favor dos detidos nas depredações de 8 de janeiro em Brasília, após ser acusada por Boulos de invasões durante seu tempo à frente do MTST. Em meio a isso, um total de onze pedidos de direito de resposta foram feitos, mas todos foram negados pela organização do evento.

As trocas entre Nunes e Boulos foram particularmente intensas. Nunes foi questionado se contaria com Jair Bolsonaro caso fosse reeleito, enquanto Boulos criticou a falta de resposta do prefeito às questões levantadas, relembrou a passagem do PT pela prefeitura como parte da argumentação contra Nunes. O confronto gerou um clima de tensão no auditório, com Boulos gesticulando em desaprovação às explicações do adversário.

As acusações sobre 'rachadinhas' feitas por Nunes a Boulos também inflamaram o debate, assim como as críticas do psolista, que avaliou Nunes como um prefeito distante da realidade da cidade e da população. O evento serve como plataforma para cada candidato consolidar sua imagem aos eleitores na contagem regressiva para as eleições, gerando expectativas sobre como isso refletirá nas urnas.