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CVM absolve ex-presidente da Americanas em meio ao escândalo de rombo contábil

2024-12-04

Autor: Mariana

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tomou uma decisão surpreendente nesta terça-feira (3), absolvendo o ex-presidente da Americanas, Sergio Rial, das acusações relacionadas à divulgação tardia de um rombo contábil de R$ 20 bilhões na varejista. Essa determinação vem em um momento crítico para a empresa, que enfrenta uma crise de confiança no mercado.

Enquanto Rial escapou de penalidades, a CVM condenou Joãо Guerra, o CEO interino que assumiu após a saída de Rial, a uma multa de R$ 340 mil por não ter divulgado informações relevantes de maneira tempestiva. A decisão da CVM foi unânime, com quatro membros concordando com o veredicto.

Responsabilidade dos Executivos

Os membros da CVM investigaram a responsabilidade dos executivos sobre:

A divulgação de informações relevantes que não haviam sido previamente comunicadas, violando a regulamentação; A comunicação incompleta e inconsistente de dados críticos; A falta de divulgação de novos fatos relevantes em tempo hábil.

Durante o julgamento, a defesa de Guerra argumentou que a Americanas havia disponibilizado uma gravação de uma teleconferência e um vídeo adicional após a divulgação do fato relevante em 11 de janeiro, mas a CVM considerou isso insuficiente.

Crise de Governança Corporativa

Esse episódio se dá no contexto de uma das maiores crises da história recente do varejo brasileiro, levantando questões sobre a governança corporativa e a transparência financeira na Americanas. Os investidores estão alertas e preocupações sobre a capacidade da empresa de recuperar a confiança do mercado são palpáveis.

Sergio Rial, que teve um papel fundamental durante anos no crescimento da empresa, se viu no centro de uma tempestade de críticas após a revelação do rombo. Em sua defesa, foi alegado que a informação divulgada sobre as 'inconsistências contábeis' já continha muitos dados conhecidos e acessíveis.

Debate sobre as Consequências

As consequências da decisão da CVM ainda estão sendo debatidas por especialistas em mercado. Alguns acreditam que a absolvição pode abrir precedente para futuros casos de má gestão, enquanto outros ponderam se isso repercutirá negativamente na reputação da Americanas e de seus executivos à luz desse escândalo financeiro.