Nação

Crise Estoura no IBGE: Servidores Revelam “IBGE Paralelo” e Confrontam Márcio Pochmann!

2025-01-20

Autor: João

A Tempestade no IBGE

A recente criação da Fundação IBGE+ provocou uma tempestade dentro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, gerando um forte embate entre o presidente do órgão, Márcio Pochmann, e seus servidores. Desde agosto de 2024, quando foi imposto o retorno ao trabalho presencial para funcionários que estavam em regime de home office desde a pandemia, a relação entre a liderança do IBGE e o sindicato já estava em frangalhos.

Para contextualizar, Márcio Pochmann, um economista vinculado à ala mais ideológica do Partido dos Trabalhadores (PT), foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2023. Sua gestão desde então tem sido marcada por controvérsias e resistência por parte dos servidores, que agora denunciam a criação de um “IBGE paralelo”.

Para que Serve a Fundação?

Pochmann argumenta que a fundação é essencial para transformar o IBGE em uma Instituição de Ciência e Tecnologia, viabilizando a obtenção de recursos não-orçamentários que são cruciais para a modernização do órgão. Ele afirmou que esse processo foi amplamente discutido no Conselho e divulgado nos portais oficiais. No entanto, os servidores se opõem a essa afirmação, destacando que o corpo técnico não foi consultado adequadamente e temem que a nova estrutura possa afetar a autonomia do IBGE.

Para complicar ainda mais a situação, várias exonerações na Diretoria de Pesquisas têm alimentado a percepção de que a crise vai além de simples diferenças administrativas.

Retorno ao Trabalho Presencial: É Pra Isso?

Outra fonte de descontentamento é uma portaria que determinou, em agosto de 2024, o retorno ao trabalho presencial de dois dias por semana para os servidores que atuavam remotamente. O IBGE justificou a decisão afirmando que era necessária para a recepção de cerca de mil novos servidores que ingressaram através do Concurso Público Nacional Unificado (CNU).

Entretanto, o descontentamento se agravou porque, no Rio de Janeiro, o IBGE está realizando mudanças estruturais e funcionará provisoriamente no prédio do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Essa nova localização ocupa apenas um terço do espaço atual e está situada a 15 minutos do ponto de ônibus mais próximo, em uma área sem calçadas, frequentemente intransitável devido a alagamentos.

Solução ou Promessa Vasava?

Em resposta às reclamações, o IBGE prometeu disponibilizar vans para transporte dos servidores. Contudo, o sindicato questiona a viabilidade dessa promessa, apontando que o órgão enfrenta atrasos nos pagamentos a fornecedores, levantando sérias dúvidas sobre a manutenção e a qualidade desse novo serviço.

É um momento delicado para o IBGE, que não apenas enfrenta desafios internos, mas também está sob os olhos da opinião pública, aguardando desenvolvimentos que podem transformar radicalmente a instituição. O que o futuro reserva para o IBGE? Os servidores dizem que é hora de agir – ou o “IBGE paralelo” se tornará uma nova realidade?