A recente divulgação de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou uma realidade alarmante: de um total de 120 milhões de refugiados no mundo, pelo menos 90 milhões estão sendo severamente impactados pelas mudanças climáticas. Esses refugiados são frequentemente forçados a deixar suas casas devido a desastres naturais exacerbados pela ação humana, como secas extremas e chuvas intensas.

Nos últimos dez anos, aproximadamente 220 milhões de pessoas foram deslocadas dentro de seus próprios países em decorrência dessas catástrofes ambientais. Os lugares mais afetados incluem regiões devastadas como Síria, Sudão, Haiti, Mianmar e Etiópia, onde a instabilidade climática se soma a outros conflitos e crises.

Filippo Grandi, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), apresentou esses dados durante a COP 29, que está sendo realizada em Baku, no Azerbaijão. Em entrevista, ele expressou preocupação, mas também confiança de que países como os Estados Unidos, mesmo diante de governantes que subestimam a crise climática, continuarão a desempenhar papéis cruciais nas negociações para enfrentar essa urgência global.

Além disso, o relatório ressalta a importância de ações coordenadas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger os mais vulneráveis. A ONU destaca que, sem um esforço global significativo, o número de refugiados climáticos pode aumentar drasticamente, exacerbando crises humanitárias e sociais já existentes.

A mensagem é clara: a luta contra a mudança do clima é uma responsabilidade coletiva, e ações imediatas são necessárias para garantir um futuro seguro para milhões de pessoas ao redor do mundo. Preparados para agir ou vamos esperar até que seja tarde demais?