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Premiê do Reino Unido promete proteger empresas britânicas das tarifas dos EUA

2025-04-05

Autor: Julia

Neste sábado (5), o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que está preparado para intervir e auxiliar na "proteção" das empresas do país contra os efeitos das novas políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Starmer sugeriu que medidas estatais podem ser necessárias para apoiar as indústrias mais impactadas.

Em um artigo publicado no jornal Telegraph, ele declarou: "Estamos prontos para usar a política industrial para ajudar a proteger as empresas britânicas da tempestade". Starmer reconheceu que a ideia de intervenção estatal pode causar desconforto, pois frequentemente é vista de forma negativa, mas enfatizou a necessidade de adaptação às rápidas mudanças globais.

Embora mantenha como prioridade a negociação de um acordo comercial com os EUA, que pode incluir isenções tarifárias, ele garantiu que tomará "todas as medidas necessárias" para salvaguardar os interesses nacionais. Vale lembrar que a Grã-Bretanha não foi afetada pelas tarifas mais severas impostas por Trump na quarta-feira, recebendo a taxa de importação mais baixa de 10%. No entanto, a crescente possibilidade de uma guerra comercial global representa uma séria ameaça à economia britânica, conhecida por sua abertura ao comércio internacional.

"Esta semana, vamos intensificar planos que aprimorarão nossa competitividade interna, reduzindo assim nossa exposição a choques globais", afirmou Starmer, que também destacou a importância de fortalecer alianças e desburocratizar o comércio.

Notavelmente, a montadora britânica Jaguar Land Rover anunciou que suspenderá as remessas de veículos para os EUA por um mês devido às tarifas, o que levantou preocupações sobre as consequências na indústria automobilística, que emprega cerca de 200.000 pessoas no Reino Unido.

Starmer também mencionou que sua abordagem em relação às tarifas será de "cuidado", evitando uma resposta imediata e retaliatória, mas reafirmou: "Todas as opções permanecem sobre a mesa". Na quarta-feira, o governo britânico divulgou uma longa lista de 400 páginas de produtos americanos que poderiam ser alvos de tarifas retaliatórias caso seja necessário um posicionamento mais firme.