Crescimento Alarmante de Pessoas em Situação de Rua

A situação da população em situação de rua em Santa Catarina é preocupante. De 2016 a 2023, esse número cresceu quase quatro vezes, resultando em aproximadamente uma pessoa a cada 862 habitantes vivendo nessa condição no estado. Atualmente, 8.824 pessoas estão vivendo nas ruas, e Florianópolis é o município que mais contribui para esse triste número, com 2.287 pessoas vivendo sem abrigo.

Situação Crítica na Grande Florianópolis

A situação é ainda mais crítica na Grande Florianópolis, onde os municípios de Palhoça (181), São José (290) e Biguaçu (202) também apresentam números alarmantes. Vale ressaltar que os dados, que vão até julho de 2023, já estão defasados, e muitos acreditam que a realidade pode ser ainda mais grave atualmente.

Dados e Auditoria do TCE/SC

Os dados utilizados são do CadÚnico (Cadastro Único), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Com base nessas informações, o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) iniciou uma auditoria visando avaliar as políticas públicas disponíveis para essa população vulnerável, especialmente nas cidades que concentram 75% dos moradores de rua.

Políticas Públicas e Ações Necessárias

A auditoria revelou que apenas cinco municípios formalizaram sua adesão à Política Nacional para a População em Situação de Rua. Curiosamente, apenas Palhoça dentre os municípios da Grande Florianópolis não fez parte dessa adesão. Mais alarmante ainda é a ausência do governo do estado em se pronunciar sobre o assunto ou se integrar a essas iniciativas.

Demandas e Futuras Audiências

Após a auditoria, o conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior exigiu audiências com os responsáveis pelas políticas públicas sobre o assunto. Isso abrirá espaço para que possam apresentar suas considerações ou justificativas em relação às recomendações feitas pela Diretoria de Atividades Especiais do TCE.

A Necessidade de Ação Coletiva

É essencial que a população e o governo se unam em busca de soluções eficazes para reverter essa situação. Com o aumento constante desse cenário, fica a pergunta: estaremos dispostos a virar as costas para os que mais precisam?