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Cotado para chefiar a diplomacia de Trump, Marco Rubio criticou Lula e defendeu Bolsonaro

2024-11-12

Autor: Carolina

Nos últimos meses, as críticas do senador americano Marco Rubio, cotado para chefiar a diplomacia de Trump, se intensificaram, especialmente direcionadas ao presidente Lula. Recentemente, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil suspendeu o uso da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, Rubio emitiu um comunicado exigindo que o Brasil reconsiderasse sua postura. "A recente decisão de proibir o X é uma manobra do juiz Alexandre de Moraes que mina as liberdades básicas no país", afirmou o senador.

Rubio alertou que a repressão à liberdade de expressão no Brasil é alarmante, destacando que o governo Lula vem utilizando medidas que afetam diretamente a pluralidade de vozes na mídia social. "Os cidadãos estão enfrentando sérias repressões apenas por utilizarem uma plataforma de mídia social. É crucial que o Brasil revogue essa decisão autoritária", continuou.

Além disso, em suas declarações, Rubio também criticou a aproximação de Lula com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, chamando-o de "mais recente líder de extrema esquerda a ignorar os crimes do regime de Caracas". Ele não poupou críticas à relação cada vez mais estreita do Brasil com a China, levantando preocupações sobre a dependência financeira do país em relação a Pequim, que poderia colocar o Brasil em uma posição desfavorável na geopolítica global.

Rubio, um fervoroso defensor do ex-presidente Bolsonaro, já havia publicado diversos artigos em 2019, apoiando uma aproximação entre o governo Trump e a administração de Bolsonaro. Ele elogiou a nova era política que Bolsonaro simbolizava, afirmando que seu governo apresentava uma chance de fortalecer laços estratégicos entre Brasil e Estados Unidos, distantes dos governos esquerdistas anteriores. "Um Brasil mais alinhado com os EUA é uma oportunidade para ambos os países e um multiplicador de forças na região", escreveu.

O senador ressaltou que a colaboração entre os dois países poderia ser vital para enfrentar crises na América Latina, como a situação na Venezuela, e resistir à influência de potências autoritárias como a China, Rússia e Irã na região.

Rubio chegou a se reunir com Bolsonaro em 2020, onde a questão da entrada da empresa Huawei no Brasil foi discutida, expressando preocupação sobre as consequências que a presença da gigante chinesa poderia acarretar para a segurança nacional americana. Ele insistiu que a colaboração no setor de defesa e inteligência entre os Estados Unidos e o Brasil poderia ser comprometida pela presença da Huawei.

O senador não apenas defendeu a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas também sugeriu que o Brasil se tornasse um parceiro global da Otan, fortalecendo ainda mais os laços com os Estados Unidos. Rubio, em uma carta a Trump, manifestou seu apoio ao pleito do Brasil para integrar a OCDE, enfatizando a necessidade de alianças democráticas em um cenário global cada vez mais desafiador.