Elon Musk, o bilionário visionário por trás da Tesla e SpaceX, foi oficialmente anunciado como o responsável pelo novo Departamento de Eficiência do governo de Donald Trump, que terá início em janeiro. Este departamento nasceu da promessa do ex-presidente de otimizar os gastos e desburocratizar a administração pública.

Na sua corrida presidencial, Trump já havia indicado que Musk teria um papel fundamental em sua gestão. O investimento substancial de Musk de aproximadamente US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,15 bilhão) na campanha de Trump ajudou a cimentar essa parceria.

Musk já declarou que seu objetivo será cortar até US$ 2 trilhões em despesas consideradas desnecessárias. Para ajudá-lo nesta tarefa, contará com Vivek Ramaswamy, outro bilionário com experiência no setor de biotecnologia. Embora Ramaswamy tenha se retirado da corrida presidencial republicana no início do ano, ele se uniu a Trump para a próxima eleição.

O que Trump espera do novo departamento?

Em sua recente declaração, Trump enfatizou que o objetivo central do Departamento de Eficiência será a eliminação do desperdício no uso do dinheiro público e a luta contra fraudes no orçamento federal. O ex-presidente afirmou que Musk e Ramaswamy farão mudanças significativas na burocracia governamental, buscando uma administração mais dinâmica e eficiente.

Trump espera que o novo departamento conclua suas reformas até 4 de julho de 2026, data em que os EUA celebram 250 anos de independência, o que significa que os bilionários terão aproximadamente um ano e meio para apresentar suas propostas.

Quais gastos Musk quer cortar?

Musk manifestou, em outubro, sua pretensão de reduzir o orçamento federal em pelo menos US$ 2 trilhões, apontando que essa meta é viável através da diminuição da burocracia governamental. Contudo, ele alertou que essas mudanças podem resultar em "dificuldades temporárias" para a população americana. Apesar das promessas de um futuro próspero, especialistas questionam a viabilidade de tal corte, uma vez que o orçamento projetado para 2024 é de US$ 6,5 trilhões, com uma parte significativa dedicada a despesas essenciais.

Além da revisão orçamentária, Musk pode focar na desregulamentação de setores emergentes, como inteligência artificial e criptomoedas, áreas que sempre chamaram sua atenção. A relação conturbada de Musk com agências regulatórias, como a Administração Federal de Aviação e a Administração Nacional de Segurança no Trânsito, pode influenciar suas ações dentro do governo.

A experiência de Musk em cortes de gastos

Historicamente, Musk já demonstrou habilidade em cortar custos. No setor espacial, desenvolveu tecnologias que reduziram drasticamente o custo de lançamentos pela SpaceX, abrindo novos mercados. Sua recente experiência na gestão do Twitter, após adquiri-lo por cerca de US$ 44 bilhões, incluiu demissões em massa, o que resultou em uma redução significativa da força de trabalho da empresa. No entanto, essa abordagem gerou críticas, já que o valor de mercado do Twitter caiu drasticamente desde sua aquisição.

Algum precedente?

Embora a proposta de Trump para o Departamento de Eficiência não seja inédita, resgata lembranças da década de 1980, quando o ex-presidente Ronald Reagan reuniu um grupo de especialistas do setor privado para analisar e sugerir formas de otimizar a administração pública. Naquela época, mais de 2.500 recomendações foram feitas visando melhorias.

A nova empreitada de Musk no governo americano será observada de perto, tanto pelos desafios em sua execução quanto pelo potencial de mudança que representa. As apostas estão altas e o futuro econômico do país pode depender das estratégias que a dupla visionária desenvolverá. Você está pronto para ver o que vem por aí?