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Coreia do Norte promete apoio inabalável à Rússia até a vitória na Ucrânia

2024-11-01

Autor: Fernanda

A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, anunciou, no último dia 1º, que o regime de Kim Jong-un está comprometido em apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia até que a vitória seja alcançada. A declaração ocorreu após uma reunião com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em Moscou.

"As nossas relações tradicionais e historicamente amigáveis, que resistiram ao teste do tempo, estão agora em um novo nível de camaradagem militar invencível", afirmou Choe, destacando a força da parceria entre os dois países, conforme reportado pela agência Reuters.

Em um contexto de crescente tensão global, agências de inteligência ocidentais, assim como a Coreia do Sul, relataram que a Coreia do Norte pode estar enviando soldados para a Rússia, com a expectativa de que eles sejam utilizados na luta contra a Ucrânia. Até agora, as autoridades de Moscou e Pyongyang não comentaram sobre essas alegações.

Esse potencial envolvimento da Coreia do Norte no conflito ucraniano poderia intensificar a situação, uma vez que, até agora, embora vários países tenham fornecido armas a ambas as partes, nenhum chegou a enviar tropas efetivas. É relevante lembrar que a Coreia do Norte possui um dos maiores exércitos do mundo, com cerca de 1,3 milhão de membros ativos e 600 mil reservistas.

Lavrov, durante a reunião, chamou a atenção para o fortalecimento das relações entre Rússia e Coreia do Norte, enfatizando que, nos últimos anos, as interações bilaterais atingiram um ponto recorde, principalmente devido ao interesse demonstrado pelos líderes dos dois países.

Além disso, em um encontro anterior em outubro, Rússia e Coreia do Norte assinaram um tratado de parceria estratégica abrangente, que visa o desenvolvimento de laços econômicos, cooperação técnico-militar e assistência militar em situações de ataque.

Em meio a esse cenário tenso, vale destacar que na quinta-feira (31), antes das eleições presidenciais nos EUA, a Coreia do Norte realizou o lançamento de um míssil balístico intercontinental que atingiu uma altitude impressionante de 7.000 km, estabelecendo um novo recorde. O projétil foi lançado em direção ao mar do Japão e caiu no oceano, sem causar danos, mas o tempo de voo foi também o mais longo registrado até o momento.

Esse contexto de alianças e demonstrações de força ressalta a fragilidade geopolítica atual e levanta questões sobre as intenções futuras da Coreia do Norte e do Kremlin.