Em uma recente declaração, Choe Son-hui, ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, afirmou que as tensões na Península Coreana podem se intensificar a qualquer momento, sugerindo que o país precisa expandir seu arsenal nuclear. Ela insistiu na necessidade de a Coreia do Norte estar pronta para um ataque nuclear retaliatório, caso a situação exija.

Durante um encontro com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, Choe expressou apoio ao país na sua guerra com a Ucrânia, afirmando: "Reforçamos que estaremos sempre ao lado dos nossos camaradas russos até ao dia da vitória”.

As preocupações na Ásia aumentaram, especialmente com o recente envio de cerca de 10 mil soldados da Coreia do Norte à Rússia para serem treinados e integrados ao combate na Ucrânia. Esta movimentação é vista como uma escalada sem precedentes no conflito, Segundo o Pentágono, a Coreia do Norte deve enviar suas tropas nos próximos dias, reforçando a posição dos EUA e da OTAN sobre o tema. O presidente americano, Joe Biden, classificou essa situação como "muito perigosa", alertando que se as tropas norte-coreanas se juntarem à Rússia, os EUA podem retirar todas as restrições de armamento que permitiriam à Ucrânia obter mais apoio militar.

Essa nova fase do conflito resultou em uma série de diálogos entre ministros da Defesa e Relações Exteriores de várias nações. Enquanto a Coreia do Norte mantém conversas com a Rússia, EUA, Coreia do Sul e Japão discutem novas medidas de defesa.

Na última semana, a Coreia do Norte conduziu um teste de mísseis balísticos intercontinentais, reivindicando que essa seria a "arma estratégica mais poderosa do mundo". O teste foi considerado um sucesso, alcançando uma altitude recorde e tempo de voo significativo, voando a mais de 7.000 km. Como resposta, EUA e Coreia do Sul realizaram um exercício militar conjunto, envolvendo caças na quinta-feira, aumentando ainda mais as tensões na região.