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Colapso na Bolsa da Argentina: Queda de 12% após Derrota de Milei em Buenos Aires!

2025-09-08

Autor: Ana

Impacto Imediato nas Ações

A Bolsa de Valores da Argentina, com seu principal índice Merval, despencou 12% nesta segunda-feira (08), uma reação intensa à inesperada derrota do partido do presidente Javier Milei nas eleições na província de Buenos Aires. Esse resultado não apenas surpreendeu o mercado, mas também deixou claro que o caminho para o governo de Milei será tudo, menos fácil, com as eleições legislativas se aproximando em 26 de outubro.

Dados Alarmantes no Mercado

Ao redor das 11h05, o Merval operava em 1.757.012 pontos, enquanto o dólar disparava 3,99% contra o peso argentino e o real avançava 3,50%. A situação financeira da Argentina está cada vez mais delicada, e esses números refletem a incerteza e a desvalorização que o país enfrenta.

Eleições e Expectativas

As eleições que ocorreram neste fim de semana foram tidas como um termômetro crucial para as próximas votações federais. A província de Buenos Aires representa quase 40% do eleitorado do país e é considerada um bastião da oposição.

Resultados Surpreendentes

Com quase 100% das urnas apuradas, a coalizão peronista-kirchnerista, Força Nacional, levou a melhor com 41,75% dos votos, enquanto o partido de Milei, La Libertad Avanza, ficou com 34,15%. A participação eleitoral foi de 63%, cerca de sete pontos percentuais abaixo do que foi registrado nas eleições de 2021.

Sinais de Alerta para o Governo

A diferença significativa entre os partidos ligou um sinal de alerta para a administração Milei. Se o cenário se repetir nas eleições de outubro, o governo pode encontrar enormes dificuldades para implementar suas reformas econômicas, comprometendo sua governabilidade.

Um Cenário Econômico Desafiador

Essas eleições aconteceram em meio a um aperto nas condições financeiras do país, com a desvalorização do peso, a queda da bolsa e crescentes expectativas de inflação. Além disso, surgem alegações de corrupção envolvendo a administração de Milei, incluindo sua irmã, Karina Milei, Secretária Geral da Presidência.

O Futuro Econômico da Argentina em Jogo

Economistas do J.P. Morgan, como Diego Pereira e Lucila Barbeito, alertam para um futuro repleto de riscos políticos elevados, o que pode impactar severamente a atividade econômica. Eles afirmam: “É improvável que as taxas de juros reais diminuam. Com taxas persistentemente altas, os custos para o Tesouro só aumentarão.” Atualmente, as taxas reais na Argentina ultrapassam 30%, enquanto a dívida do país alcança 73,1% do PIB, de acordo com dados do FMI.