Cientistas Revelam Alternativa Natural ao Ozempic que Pode Transformar a Saúde; Descubra Como!
2025-01-21
Autor: Ana
Pesquisadores podem ter encontrado uma forma natural de equilibrar os níveis de açúcar no sangue e controlar o desejo por doces, semelhante ao funcionamento de medicamentos como o Ozempic. Um estudo recente, publicado na renomada revista *Nature Microbiology*, destaca a importância de um microrganismo intestinal e seus metabólitos na regulação desse processo, tanto em ratos quanto em humanos.
Cientistas da Universidade Jiangnan, na China, descobriram que ao aumentar a quantidade deste microrganismo intestinal em ratos diabéticos, era possível induzir a secreção de um hormônio chamado GLP-1 (peptídeo-1 similar ao glucagon), essencial para o controle do apetite e dos níveis glicêmicos.
Medicamentos à base de semaglutida, como Ozempic e Wegovy, recrutam a mesma ação do GLP-1 no organismo, ajudando a controlar a glicemia e proporcionando sensação de saciedade. Entretanto, indivíduos com diabetes tipo 2 enfrentam um problema com a secreção de GLP-1, o que gera dificuldades no controle do açúcar no sangue. Por isso, muitos estão buscando alternativas que estimulem a produção natural desse hormônio pelo corpo.
Os pesquisadores ressaltam a descoberta de que o desejo por certos alimentos é coordenado por sinais do intestino, um órgão crucial para a determinação das preferências alimentares. Embora muito já tenha sido descoberto, os mecanismos precisos e os microrganismos específicos envolvidos na busca por açúcar ainda permanecem obscuros.
Os estudos indicam que bactérias intestinais, como *Bacteroides vulgatus*, têm papel crucial na formação do desejo por doces. Experimentos revelaram que a ausência de uma proteína intestinal chamada Ffar4 leva a uma diminuição das colônias de *B. vulgatus*, resultando em menos FGF21, um hormônio associado ao desejo por açúcar.
Adicionalmente, experimentos em ratos que receberam agonistas do GLP-1 demonstraram que esses medicamentos elevam os níveis de FGF21. Em humanos, evidências sugerem que aqueles com variantes genéticas associadas ao FGF21 têm 20% mais chances de consumirem grandes quantidades de doces, aumentando assim o risco de diabetes.
Uma análise envolvendo 60 pacientes com diabetes tipo 2 e 24 indivíduos saudáveis indicou que mutações no gene Ffar4, que reduzem a produção de FGF21, estão ligadas a uma maior preferência por açúcar, sugerindo que isso pode ser um fator crítico no desenvolvimento da diabetes.
Os pesquisadores descobriram que quando os ratos foram tratados com um metabólito de *B. vulgatus*, ocorreu um aumento na secreção de GLP-1, que por sua vez estimulou a liberação de FGF21, resultando em um melhor controle do açúcar no sangue e redução do desejo por doces.
Embora ainda não se tenha certeza se esses resultados se aplicam plenamente aos humanos, os autores do estudo afirmam que suas descobertas abrem portas para novas estratégias de prevenção do diabetes através da modulação do microbioma intestinal. Essa nova abordagem pode revolucionar não apenas o tratamento do diabetes tipo 2, mas também oferecer uma alternativa mais natural e acessível para aqueles que buscam controlar o açúcar de maneira eficaz.