O Festival de Berlim 2025 acaba de anunciar a inclusão de dois filmes brasileiros na sua seleção oficial, destacando-se O Último Azul e A Melhor Mãe do Mundo. Essas produções não apenas refletem a riqueza e a diversidade do cinema brasileiro, mas também trazem temas profundamente relevantes para a sociedade contemporânea.

Em O Último Azul, o governo brasileiro implementa um sistema controverso de isolamento vertical compulsório para idosos acima de 80 anos, forçando Teca, uma mulher de 77 anos que vive na aldeia de Muriti na Amazônia, a enfrentar uma realidade severa. Diante da redução inesperada da faixa etária permitida, Teca embarca em uma audaciosa viagem clandestina, repleta de riscos, que a leva a explorar rios e regiões remotas, com o objetivo de realizar seu último desejo: um passeio de avião. A narrativa promete desafiar os espectadores a refletirem sobre a liberdade e o direito à ética do envelhecer.

Por outro lado, A Melhor Mãe do Mundo traz uma abordagem emocional e intensa sobre os sacrifícios que Gal faz para proteger seus filhos. Este filme destaca os dilemas enfrentados por muitas mães e apresenta um retrato tocante das lutas familiares em tempos difíceis.

O ator e diretor brasileiro Selton Mello disse em um comunicado: "A seleção de O Último Azul para a competição principal de Berlim só reforça o quanto o Brasil é capaz de produzir um cinema forte, profundo e competitivo. É emocionante ver o cinema independente chegando tão longe, feito com garra e talento - muitas vezes, com muito pouco. Sigo acreditando nesse cinema, desde Bicho de Sete Cabeças, e fico muito orgulhoso de ver nosso potencial sendo reconhecido internacionalmente."

O Festival de Berlim, que é um dos mais prestigiados do mundo, promete ser uma vitrine não apenas de cinema, mas também de diálogos importantes sobre cultura, política e sociedade. A presença do Brasil nesta plataforma é mais um indicativo do crescimento e relevância do cinema nacional no cenário global.