Ciência

Cientista russo descreve sua primeira ida à Antártida como uma experiência mágica

2025-01-19

Autor: Matheus

A primeira expedição à Antártida trouxe um deslumbramento indescritível ao oceanógrafo russo Nikita Kusse-Tiuz, que se compara à alegria de uma criança em uma loja de doces. Apesar de já ter uma vasta experiência em expedições ao Ártico, a chegada ao continente gelado trouxe uma nova perspectiva sobre o que a natureza pode oferecer.

Kusse-Tiuz, de 37 anos, é um dos líderes da equipe russa na expedição ao redor da Antártida e destaca a diferença notável entre as regiões. Enquanto no Ártico ele está acostumado a temperaturas extremas e solidão, a Antártida lhe apresentou uma biodiversidade vibrante, com a presença constante de pinguins, focas e até baleias, tornando cada dia uma nova descoberta.

Um dos momentos mais esperados pelo cientista era observar as focas-de-weddell, que descreveu como "grandes almofadas gordinhas" que se comportam de maneira curiosa. "Elas são tão fofas e engraçadas, não podem machucar ninguém!", comenta Kusse-Tiuz sobre os adoráveis animais que ele ansiosamente procurou.

Nos seus relatos, ele também reflete sobre a crise climática que está vivenciando em primeira mão. Como alguém que já passou meses em acampamentos árticos, ele percebe as nuances da oceanografia antártica, onde cada medição de temperatura e salinidade tem um impacto significativo no ambiente.

A cidade de São Petersburgo, de onde Kusse-Tiuz é originário, é um dos centros de pesquisa sobre as mudanças climáticas, e a colaboração internacional nas expedições é vital para compreender esses fenômenos. A equipe de oceanógrafos está constantemente medindo a profundidade do mar, a temperatura e a salinidade das águas, e analisando como essas informações afetam a vida marinha e os processos ambientais, como a derretimento do gelo e as correntes oceânicas.

“Na Antártida, a escala e a diversidade de vida são impressionantes. Há pinguins em quase todos os lugares e os icebergs estão por toda parte, alguns dos quais são gigantescos!” ele compartilha com entusiasmo.

A jornada de Kusse-Tiuz na Antártida é não apenas uma missão científica, mas também um chamado à ação, enfatizando a importância da preservação deste ambiente sensível diante das mudanças climáticas globais. “Espero que todos que leiam isso sintam o mesmo encanto que eu sinto por esses lugares e se motivem a se envolver na proteção dessas regiões”, conclui o cientista, promovendo uma mensagem de esperança e responsabilidade ambiental.