
Ciclones Surpreendentes no Atlântico Sul Agitam a Meteorologia!
2025-09-11
Autor: Carolina
Ciclones em Foco: Uma Análise do Atlântico Sul
Imagens de satélite desta quinta-feira revelam a presença de dois ciclones extratropicais no Atlântico Sul, provocando atenção e curiosidade. Um deles é pequeno e menos intenso, posicionado próximo à Argentina, enquanto o outro, de grande porte e mais poderoso, se afasta do continente.
Segundo a MetSul Meteorologia, não há riscos para o Brasil. Apesar de sua força, o ciclone mais intenso, com pressão de 982 hPa, está distante da costa e já causou alguns efeitos no início da semana.
Impactos do Ciclone Forte
Na última segunda-feira, o ciclone trouxe ventos fortes ao Rio Grande do Sul. Em Cambará do Sul, os ventos chegaram a impressionantes 101 km/h, com valores significativos também em outras cidades: 76 km/h em Rolante, 70 km/h em Taquara, e 63 km/h em Riozinho. Santa Catarina não ficou atrás, registrando 84 km/h em Urupema. No interior de São Paulo, uma tempestade de poeira foi gerada pelo vento, e no Rio de Janeiro, os ventos intensos forçaram aeronaves a abortarem pousos no aeroporto Santos Dumont.
O Pequeno Ciclone e a Mudança do Tempo
O segundo ciclone, embora pequeno e menos intenso, está próximo à Argentina e está acompanhando a chegada de uma massa de ar marítima fria. Esse fenômeno trará temperaturas mais amenas nos próximos dias em áreas do Sul do Brasil, especialmente no leste e próximo à costa de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Os Ciclones e suas Frequentes Aparições
Embora a quantidade de ciclones possa parecer surpreendente, essa é uma ocorrência comum no Atlântico Sul, especialmente durante os meses mais frios do outono e inverno, além do começo da primavera. Os ciclones extratropicais fazem parte da climatologia e costumam se formar nas latitudes médias da América do Sul, principalmente entre o Uruguai e o Sul do Brasil.
Entendendo a Formação dos Ciclones
Esses fenômenos são resultantes do encontro de massas de ar com características distintas. Frentes frias do ar polar que descem da Antártica colidem com o ar quente e úmido que vem dos trópicos, criando condições ideais para a ciclogênese — o início da formação do ciclone.
Além disso, a corrente de jato, uma faixa de ventos intensos em altitudes elevadas, age como um motor para esses sistemas ao promover a queda de pressão que organiza a circulação ciclônica.
A Influência do Oceano
O oceano também tem um papel crucial nessa dinâmica. No Rio da Prata e na costa sul-brasileira, a Corrente do Brasil, com suas águas quentes, se encontra com a Corrente das Malvinas, que traz águas frias. Este choque de temperaturas potencializa a formação e a intensificação dos ciclones.
Os Ciclones e o Clima Regional
De acordo com a MetSul, os ciclones extratropicais são fundamentais para a regulação do clima na região, influenciando o regime de chuvas e promovendo a entrada de massas de ar frio que moldam o clima do Cone-Sul. Apesar dos possíveis estragos que podem causar, esses ciclones são essenciais para o equilíbrio climático no Sul do Brasil e nos países vizinhos.