Budapeste se prepara para um cenário alarmante com o avanço das águas da enchente provocada pela tempestade Boris, que já causa estragos significativos na Hungria. Na capital, o nível do rio Danúbio continua a subir, e previsões indicam que o pico pode ultrapassar 8,5 metros até este sábado, dia 21 de setembro.

Com a expectativa de inundações recordes, as autoridades tomaram precauções drásticas, incluindo o fechamento da Ilha Margaret, um popular destino recreativo repleto de hotéis e restaurantes. Medidas de emergência foram ativadas, e moradores se mobilizaram em um esforço comunitário para erigir barreiras de proteção, colocando sacos de areia ao redor de edifícios e principais pontos de transporte público.

"Estamos enfrentando inundações ainda mais severas, pois a natureza parece estar assumindo o controle da situação. Já venho alertando sobre isso há 30 anos", afirma Zoltan Boroczky, um residente local.

As enchentes que assolam a região estão entre as piores em duas décadas, afetando não apenas a Hungria, mas também países vizinhos como Romênia e Polônia. As águas devastadoras espalharam lama e detritos pelas cidades, destruíram pontes e submergiram veículos, resultando em um cenário apocalíptico que poderá custar bilhões em reparos. Até o momento, o número de mortes confirmadas devido às inundações já atinge 23 vidas perdidas.

Além disso, as autoridades estão trabalhando ininterruptamente para ajudar aqueles que foram deslocados, com centros de acolhimento sendo rapidamente organizados para fornecer abrigo e sustento. O impacto da crise climática se torna cada vez mais evidente, e especialistas alertam que esse tipo de catástrofe pode se tornar uma nova realidade para a Europa Central.

Com a previsão de mais chuvas nas próximas horas, a expectativa é de que a situação possa piorar. A população de Budapeste está em alerta máximo, enquanto as autoridades monitoram constantemente os níveis dos rios e implementam planos de evacuação para as áreas mais vulneráveis.

Essa tragédia natural serve como um duro lembrete das mudanças climáticas em curso e da urgência em se abordar as questões ambientais com seriedade. Enquanto o desastre se desenrola, a comunidade se une em solidariedade, enfrentando a tempestade de frente.