Saúde

Bryan Johnson: o milionário que sonhava em reverter o envelhecimento desiste do seu controverso tratamento

2025-01-10

Autor: Mariana

Bryan Johnson, um bilionário de 47 anos e grande defensor do movimento anti-envelhecimento, ganhou notoriedade mundial por suas tentativas radicais de rejuvenescer seu corpo e mente. Johnson, que fez fortuna na indústria da tecnologia, investiu uma parte significativa de sua riqueza em um protocolo que prometia reverter seu organismo para o estado de um jovem de 18 anos.

Centrado em sua ousada experiência, Johnson utilizava a rapamicina, um imunossupressor frequentemente prescrito a pacientes que passaram por transplantes de órgãos, em doses de 13 miligramas a cada duas semanas, mesmo sem aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para tal uso.

Recentemente, sua jornada foi retratada no documentário "O Homem Que Quer Viver Para Sempre", que estreou na Netflix, fervendo ainda mais a curiosidade pública. No filme, ele descreve o experimento como "o mais agressivo para qualquer pessoa na indústria de longevidade". No entanto, antes mesmo do lançamento, Johnson já havia decidido interromper seu protocolo de rejuvenescimento. Em uma mensagem compartilhada nas redes sociais, ele explicou que tomou a decisão de parar com a rapamicina em setembro do ano passado, após cinco longos anos de experiências.

Johnson relata que, enquanto testava diferentes esquemas de dosagem — incluindo variações semanais — enfrentou uma série de efeitos colaterais graves, como infecções de pele, desníveis lipídicos, elevações nos níveis de glicose e um aumento da frequência cardíaca em repouso.

“Apesar de não haver outras causas subjacentes identificadas, a suspeita recaiu sobre a rapamicina. Infelizmente, mesmo após ajustes nas dosagens, os efeitos adversos persistiram, levando à nossa decisão de descontinuar o tratamento de forma definitiva”, disse ele.

Os médicos envolvidos no documentário expressaram sua preocupação quanto ao uso da rapamicina, salientando que, ao suprimir o sistema imunológico, a substância pode contribuir para sérios problemas de saúde a longo prazo.

É importante ressaltar que as pesquisas sobre longevidade e o uso de compostos como a rapamicina estão em constante evolução. Johnson e sua equipe monitoram continuamente suas condições de saúde e biomarcadores, buscando entender as implicações dessa busca desesperada por juventude eterna.

Essa história levanta questões éticas e de saúde sobre as fronteiras do que as pessoas estão dispostas a fazer em nome de um desejo profundo de prolongar a vida. Será que vale a pena arriscar a saúde em busca da eternidade? A busca de Bryan Johnson por reverter seu envelhecimento pode servir como um alerta para muitos.