A recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), causou alvoroço na mídia internacional ao rejeitar o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos e participar da cerimônia de posse de Donald Trump, que ocorrerá em 20 de janeiro de 2025.

Moraes argumentou que a devolução do passaporte de Bolsonaro, apreendido desde fevereiro de 2024, não é justificada e que a situação indica uma 'possibilidade de tentativa de evasão'. O ex-presidente tentou recorrer da decisão, mas mais uma vez o pedido foi negado. Enquanto Bolsonaro permanece em casa, a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, confirmada como representante do marido, está programada para embarcar para Washington no dia 18 de janeiro.

A cerimônia de posse, programada para ocorrer dentro do Capitólio devido às baixas temperaturas, marca o retorno de Donald Trump ao poder e tem sido amplamente coberta por veículos de mídia de renome mundial.

Cronologia dos eventos

- **8 de janeiro de 2025** – Bolsonaro solicita autorização do STF para comparecer à posse de Trump; - **11 de janeiro de 2025** – Moraes exige que a defesa de Bolsonaro apresente o convite oficial; - **13 de janeiro de 2025** – A defesa de Bolsonaro envia informações complementares; - **14 de janeiro de 2025** – Moraes solicita à Procuradoria-Geral da República (PGR) que analise o convite; - **15 de janeiro de 2025** – A PGR se posiciona contra a liberação de Bolsonaro; - **16 de janeiro de 2025** – Moraes nega o pedido de liberação e a defesa recorre; - **17 de janeiro de 2025** – O ministro reafirma a recusa.

Essa situação representa mais um capítulo conturbado na saga política de Bolsonaro, que enfrenta processos judiciais e investigações que são acompanhadas de perto tanto nacional quanto internacionalmente. Vários veículos internacionais, como The Washington Post, The Guardian e Bloomberg, comentaram sobre o caso, com manchetes que enfatizam a crise política e a relação entre os dois ex-líderes.

A questão do passaporte ainda levanta debates sobre a judicialização da política no Brasil e os limites da privacidade para líderes que enfrentam investigações. Especialistas alertam que esse cenário pode ter repercussões duradouras na política brasileira, amplificando a polarização e o debate sobre o futuro de Bolsonaro na cena política nacional.