Ciência

Emergência Climática: O Fim está Próximo?

2025-01-17

Autor: Julia

Por que você deveria se preocupar com a emergência climática em Porto Alegre?

Desde o início do século XXI, a cidade tem enfrentado um aumento alarmante de eventos climáticos extremos: ventos intensos, chuvas torrenciais e secas severas têm se tornado cada vez mais comuns. E isso não é apenas uma questão local; é um reflexo de uma crise global que, ao longo das últimas décadas, tem mostrado estar se intensificando devido à industrialização e ao nosso estilo de vida consumista.

O que caracteriza uma emergência climática?

Mas você já parou para pensar: o que realmente caracteriza uma emergência climática como um desastre? De forma resumida, desastres climáticos são o resultado da combinação de uma emergência climática com riscos. Temos basicamente uma equação: desastre = emergência + riscos. Em teoria, poderíamos evitar os desastres eliminando as emergências climáticas, mas isso requer uma mudança drástica na forma como entendemos o desenvolvimento e o consumo ao redor do mundo. O caminho para essa transformação é longo e complexo, e, infelizmente, as emergências climáticas continuarão a acontecer.

Devemos nos conformar com a devastação?

É verdade que a luta contra as mudanças climáticas é uma responsabilidade coletiva e de longo prazo. No entanto, a curto prazo, podemos tentar mitigar os desastres através do manejo de riscos – outra parte crucial dessa equação desastrosa. Gerir riscos significa estar preparado para o que está por vir, como proteger nossas casas com redes e dispositivos de segurança, ou instalar para-raios em prédios altos.

A responsabilidade após desastres climáticos

Após a enchente devastadora em maio de 2024, se a sociedade tivesse agido com responsabilidade, um sistema robusto de gestão de riscos já teria sido implementado. Isso incluiria a construção de infraestrutura resistente e sustentável, como casas, centros comunitários, estradas e pontes que suportem os impactos das cheias. O reflorestamento com espécies nativas e regras rigorosas para a proteção das margens dos rios são medidas que poderiam ter sido colocadas em prática, além de preparar escolas e comunidades para lidar com secas potenciais.

Investimentos necessários na educação e monitoração

Os governos deveriam ter investido na formação de professores para transmitir conhecimentos sobre mudanças climáticas e na capacitação da defesa civil para responder a novas enchentes e eventos climáticos extremos. Também seria vital estabelecer um centro de monitoramento meteorológico e climático para alertas mais eficientes.

A realidade da reconstrução apressada

Infelizmente, a realidade que observamos é uma reconstrução apressada e sem planejamento que ignora as lições aprendidas com as crises anteriores. O Rio Grande do Sul precisa urgentemente criar um Centro de Gestão de Riscos Climáticos e Ambientais para coordenar nossas ações em direção a um futuro mais seguro.

A urgência da ação

E o futuro? Ele não aguarda; ele é agora. A pergunta que todos devemos nos fazer é: estamos prontos para agir antes que seja tarde demais?