Recentes bombardeios israelenses no Líbano resultaram na morte de 23 civis, incluindo mulheres e crianças, segundo autoridades locais. Os ataques, que atingiram depósitos de armas e mais de 70 alvos do Hezbollah, ocorreram principalmente em um edifício de três andares na cidade, deixando ainda oito pessoas feridas.

As Forças Armadas de Israel justificaram os ataques, afirmando que estavam mirando instalações de armazenamento de armas e mísseis prontos para uso na região de Bekaa, um reduto conhecido do grupo extremista Hezbollah.

Em uma coletiva de imprensa, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desconsiderou propostas de cessar-fogo feitas pelos Estados Unidos e França e reiterou a determinação de Israel em continuar as operações. O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, também garantiu que não haverá cessar-fogo, rejeitando as sugestões para uma pausa de 21 dias para negociações diplomáticas.

Os ataques na quarta-feira (25) foram particularmente devastadores, conforme confirmado pelo Ministério da Saúde do Líbano, que relatou um total de 72 mortos e 392 feridos, afetando a capacidade dos hospitais locais que lidam com uma onda de civis feridos.

O Hezbollah, por sua vez, respondeu que a ofensiva israelense tinha como alvo a sede do Mossad, a agência de inteligência de Israel, responsável por ataques anteriores ao grupo. Isso intensificou as hostilidades, já que o Hezbollah continua a disparar mísseis em resposta às provocações israelenses.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, fez um apelo urgente por um cessar-fogo durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a agressão israelense está matando civis inocentes. Mikati enfatizou que os libaneses merecem estabilidade e paz, não a guerra, e criticou a violação contínua das resoluções da ONU por parte de Israel.

Representantes israelenses, como Danny Danon, na ONU, insistiram que Israel está simplesmente se defendendo do Hezbollah, que intensificou seus ataques com foguetes contra cidades israelenses, levando a uma espiral de violência que não mostra sinais de desaceleração.

Enquanto as tensões continuam a aumentar, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o Líbano está à beira do precipício. Ele enfatizou que a comunidade internacional não pode permitir que o Líbano se torne uma nova Gaza, refletindo a crescente preocupação global com a possibilidade de um conflito ainda mais amplo na região.

Com o cenário de crise se desenrolando, a situação continua a ser observada com grande apreensão por líderes mundiais e por civis que vivem nas áreas de conflito. O futuro da paz no Oriente Médio parece cada vez mais incerto, à medida que os dois lados se preparam para possíveis intensificações nos confrontos.