Na manhã deste sábado (18/1), Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, não poupou palavras ao se referir ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamando-o de "bebum" em uma explosiva declaração. Em meio a essa polêmica, Bolsonaro também revelou que pretende processar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reação a comentários feitos pelo petista que o implicaram na crise do Pix.

Em um encontro com jornalistas no Aeroporto de Brasília, Bolsonaro se despediu emocionalmente da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que viajou para participar da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante a conversa, o ex-presidente expressou sua indignação com a administração atual. "Não tem como dar certo quando você vê um 'bebum' dirigindo um carro (o país). Um homem que não tem compromisso com a família, que diz que o marido ama mais as amantes", declarou Bolsonaro, levantando a polêmica sobre a vida pessoal de Lula.

Bolsonaro ainda afirmou que sonha com a recuperação de sua inelegibilidade e espera que Trump possa auxiliá-lo nesse processo. "Estou constrangido" foi uma das frases que ecoou no aeroporto, ressaltando seu estado emocional.

A decisão de processar Haddad veio após uma entrevista do ministro à CNN Brasil, onde ele insinuou que Bolsonaro estaria por trás de um vídeo polêmico publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que aborda uma suposta taxação do Pix. Para Bolsonaro, as acusações de Haddad são uma tentativa de desviar o foco e encobrir seus próprios escândalos, incluindo o conhecido "caso das joias".

Em um trecho de sua resposta, ele disparou: "Me acusa do que ele faz. Ele não olha para o chefe dele e o que o chefe dele fez. Eu só tenho um caminho: ir à Justiça e processá-lo, como vou fazer".

Enquanto isso, Michelle Bolsonaro, antes de embarcar, definiu a situação do marido como uma "perseguição" e pediu "misericórdia de Deus" sobre a nação. Suas declarações foram vistas por muitos como críticas à decisão do Supremo Tribunal Federal, que negou o pedido de devolução do passaporte de Bolsonaro, um documento que está retido pela Polícia Federal desde fevereiro do ano passado.

As especulações sobre a possibilidade de fuga de Bolsonaro foram alimentadas por essa investigação da Polícia Federal, que está analisando se ele teria atuado numa organização criminosa que buscava impedir a posse de Lula.

Diante desse cenário turbulento, muitos se perguntam: o que mais está por vir nesta batalha política polarizada? A tensão entre essas figuras proeminentes da política brasileira parece estar longe do fim.