O Bitcoin (BTC) entra em um novo ciclo de alta após o halving programado para 2024. Segundo especialistas, como o economista Nolde, esses períodos costumam gerar um enorme entusiasmo entre os investidores, resultando em valorizações significativas, como visto em 2017 e 2021. "Nesse tipo de cenário, um grande número de novos investidores se junta ao mercado, alimentando um otimismo contagiante que já está em ascensão novamente", afirma Nolde.

As incertezas nas políticas monetárias são um fator que pode impulsionar as criptomoedas. A inflação elevada globalmente e a falta de previsibilidade por parte dos Bancos Centrais fazem com que investidores busquem ativos alternativos, colocando o Bitcoin no centro das atenções. "Entretanto, é crucial abordar qualquer investimento com cautela e estratégia para evitar surpresas desagradáveis", destaca Nolde.

Parcialmente impulsionado pelo fator "Trump", o Bitcoin atingiu a marca histórica de mais de US$ 106 mil após o novo presidente dos EUA afirmar em uma entrevista à CNBC a possibilidade de criar uma reserva estratégica em Bitcoin, semelhante ao que acontece com o petróleo. Esta declaração alimenta a expectativa de um desenvolvimento robusto no setor cripto. "Se Trump materializar suas promessas, isso pode ser um estímulo tremendo para novas empresas e investidores entrarem neste mercado. Assim, a indústria de criptomoedas poderá se fortalecer ainda mais", analisa Beto Fernandes da Foxbit.

Como investir em BTC com segurança?

Uma estratégia recomendada para iniciantes é o método de média de custo em dólar (DCA), que consiste em investir pequenas quantias de forma regular. Essa abordagem ajuda a reduzir os impactos da volatilidade, permitindo que os investidores acumulem suas reservas gradualmente, sem a pressão de ter que acertar o momento exato do mercado.

Outra opção é investir por meio de ETFs (fundos de índice negociados em Bolsa), que replicam a performance de índices ou commodities. Desde que a SEC aprovou a listagem de ETFs de Bitcoin, a popularidade desses fundos tem aumentado tanto nos EUA quanto no Brasil.

Além de atratividade nos preços, os fundamentos do Bitcoin são cada vez mais robustos. Entre os fatores que podem influenciar positivamente o ativo, destacam-se a possível flexibilização regulatória que se aproxima nos EUA e a alta demanda por Bitcoin via ETFs.

O potencial das finanças descentralizadas (DeFi) e a tokenização de ativos reais (RWA) também crescem em importância no cenário atual. Um relatório do BTG Pactual aponta que um ambiente político favorável pode ser crucial para o desenvolvimento do setor cripto em 2025, além da flexibilização monetária que pode beneficiar ativos de risco, como as criptomoedas.

Quais são os riscos?

A volatilidade elevada das criptomoedas exige cautela. Arthur Ribeiro de Carvalho, do Grupo Braza, sugere que iniciantes alocem somente uma fração do seu patrimônio nessas ativos e considerem diversificar com criptomoedas mais estáveis, como Ethereum (ETH). Uma forma segura de investir é focar em projetos já consolidados antes de aventurar-se em opções mais arriscadas, como as memecoins.

Educação é fundamental.

Estar atualizado sobre os ciclos do mercado e eventos como o halving pode ajudar investidores a tomar decisões mais informadas. Compreender melhor criptomoedas diferentes e as tendências globais permitirá que você tenha um entendimento sólido sobre quando e como investir.

Perspectivas para 2025?

Históricamente, os efeitos do último halving começam a ser sentidos alguns meses depois do evento, que neste caso pode resultar em um aumento do preço do Bitcoin na primeira metade de 2025. A robustez da demanda por ETFs, principalmente entre investidores institucionais, reforça a potencial valorização do ativo.

Com a maior adoção institucional, inovações e regulamentações mais claras, o Bitcoin pode ultrapassar novos recordes de preços em 2025. Nolde acredita que o primeiro ciclo de alta após o halving tende a ser o mais expressivo, indicando uma nova era de valorização significativa para a criptomoeda.