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Biden pede que guerra total no Oriente Médio 'seja evitada' enquanto tensão explode

2024-09-29

No último domingo (29), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou a urgência em prevenir uma guerra total no Oriente Médio, em meio a uma escalada brutal de ataques israelenses que deixou mais de 50 mortos no Líbano e provocou bombardeios em Gaza e em áreas distantes, como o Iémen.

Durante um discurso na 79ª Assembleia da ONU, Biden reafirmou: "Uma guerra total na região deve ser evitada. Realmente deve ser evitada", quando questionado sobre a possibilidade de um conflito maior.

A situação é delicada após o Hezbollah, um influente grupo militante libanês, sofrer uma série de reveses, incluindo a morte de seu líder, Hassan Nasrallah, o que, segundo a Casa Branca, representa um golpe significativo à organização.

Enquanto isso, a dinâmica de poder na região se complica com a tentativa da administração Biden de conter a guerra entre Israel e Hamas. O Hamas, assim como o Hezbollah, é respaldado pelo Irã, que está diretamente envolvido na instabilidade do Oriente Médio.

Biden informou que planeja ter uma conversa com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, mas não detalhou quando isso ocorrerá.

Em resposta aos ataques incessantes no Líbano, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, fez um apelo dizendo que ataques israelenses contra os países do "Eixo de Resistência" não poderiam ser tolerados e que uma reação decisiva era obrigatória.

Os ataques israelenses contra o Líbano aumentaram nas últimas semanas na tentativa de neutralizar membros proeminentes do Hezbollah. Além disso, Israel ampliou suas operações militares ao bombardear alvos Houthis no Iémen, um movimento que indica uma aliança com o Irã e uma intensificação de suas hostilidades na região.

"Os combatentes libaneses não devem ser deixados sozinhos nesta batalha, e devemos evitar que o regime sionista ataque os países do Eixo da Resistência um após o outro", afirmou Pezeshkian destacando a urgência de uma resposta armada.

O Papa Francisco também se manifestou sobre a situação, condenando publicamente os ataques aéreos israelenses no Líbano, alegando que tais ações extrapolam os limites da moralidade. Em um voo de retorno a Roma, o pontífice declarou: "Mesmo em tempos de guerra, a moralidade deve ser preservada. A guerra é imoral, e é crucial que a defesa permaneça proporcional ao ataque".

Enquanto tensões se acirram e o conflito se desenrola, a comunidade internacional observa com preocupação, perguntando-se até onde a escalada poderá ir e quais serão as consequências para a estabilidade da região e do mundo.