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Biden faz apelo na ONU pelo fim da guerra em Gaza e destaca a importância da unidade global

2024-09-24

Em seu último discurso na Assembleia Geral da ONU, realizado em 24 de setembro de 2024, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, transmitiu uma mensagem clara em defesa da paz. Embora tenha se mostrado otimista em relação à resolução dos conflitos globais, foi enfático ao solicitar um cessar-fogo imediato na guerra em Gaza, ao mesmo tempo em que pediu mais apoio internacional para a Ucrânia em sua luta contra a Rússia.

O discurso de pouco mais de meia hora foi marcado por reflexões sobre conflitos passados, como a guerra do Vietnã, que Biden usou como exemplo de que a resolução é possível. "Hoje somos uma nação amiga do Vietnã", destacou, ressaltando a importância da reconciliação e da diplomacia.

Sem mencionar diretamente a escalada dos conflitos entre Israel e Hezbollah no Líbano, Biden disse: "Muitos podem ver dificuldades, mas eu escolho não ver. As coisas podem melhorar, já vi isso ao longo de minha carreira". Ele enfatizou que os líderes não podem se permitir o desespero em tempos tão turbulentos.

Em um tom de despedida, Biden também confirmou que não buscará a reeleição nas próximas eleições de novembro. "Servir este país foi a grande honra da minha vida. Agora, é tempo de abrir espaço para novas gerações". Ele também fez piadas sobre sua idade, que foram bem-recebidas pelo público presente, composto por líderes de 192 países, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

A guerra na Faixa de Gaza foi um ponto focal do discurso. Biden lembrou os horrores cometidos em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram Israel, resultando em uma grande perda de vidas e sequestros. "Os reféns e os civis em Gaza estão vivendo um verdadeiro inferno", lamentou.

Aliado próximo de Israel, Biden se distanciou do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressando preocupação com a situação dos civis palestinos. No início de seu discurso, ele também cumprimentou Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, que estava presente na assembleia.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que deu início à sessão, abordou a escalada da violência no Oriente Médio e pediu à comunidade internacional um esforço conjunto para um cessar-fogo em Gaza.

Além disso, Biden se manifestou sobre a recente crise eleitoral na Venezuela, defendendo a vitória do candidato da oposição, Edmundo Gonzáles, e destacou os perigos da Inteligência Artificial, pedindo uma regulamentação cuidadosa dessa tecnologia em um mundo cada vez mais interconectado.

Com sua mensagem de esperança e apelo à colaboração internacional, Biden reafirma o compromisso dos EUA em buscar a paz e a estabilidade global.