No último domingo (7/9), a Avenida Paulista se transformou em um verdadeiro palco da política brasileira, com uma colossal bandeira dos Estados Unidos destacando-se entre os manifestantes bolsonaristas. O ato aconteceu no mesmo dia em que se celebra a Independência do Brasil, criando um contraste marcante.

A maioria dos participantes vestia camisas amarelas e promoveu mensagens em inglês, como "Bolsonaro Free" e "SOS Trump", além de clamor por liberdade e anistia. Este forte simbolismo em relação aos EUA começou após a eleição de Donald Trump, que, recentemente, impôs tarifas sobre produtos brasileiros, citando uma suposta "perseguição" a Jair Bolsonaro.

Manifestação em Prol da Anistia e Críticas ao STF

A mobilização replicou os atos de 7 de setembro dos últimos anos, reunindo cerca de 42,2 mil pessoas, segundo dados da Universidade de São Paulo (USP). O principal mantra da manifestação foi o pedido de anistia aos detentos pelos eventos de janeiro de 2023, com discursos contundentes exigindo uma anistia abrangente para Bolsonaro e seus apoiadores.

Entre os presentes estavam figuras proeminentes como o pastor Silas Malafaia e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além dos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Jorginho Mello (SC).

Condenação ao STF e Clamor por Liberdade

O governador Tarcísio de Freitas proferiu um discurso inflamado, atacando o ministro Alexandre de Moraes e o STF. Ele enfatizou que a população não aguenta mais a "tirania" imposta pelo governo atual, clamando por liberdade em tempos que, segundo ele, parecem opressivos.

Tarcísio destacou a ausência de Jair Bolsonaro como uma mancha no evento, afirmando: "Não existe independência sem liberdade" e ressaltou a necessidade de unir o país para superar as divisões políticas. Enquanto isso, Michelle Bolsonaro, visivelmente emocionada, falou sobre os desafios de manter a família unida, enfrentando não apenas perseguições políticas, mas também religiosas.

Neste cenário fervoroso, ficou claro que o ato não foi apenas uma demonstração de apoio a Bolsonaro, mas também um grito por uma América Latina mais alinhada com os ideais do ex-presidente dos EUA e um pedido urgente de mudanças no cenário político brasileiro.