BRASÍLIA - O Banco do Brasil não ficou calado diante da campanha de desinformação que está tomando conta das redes sociais! Em um movimento polêmico, a instituição levou à Advocacia-Geral da União (AGU) uma denúncia séria envolvendo publicações que estimulam os clientes a retirarem seus depósitos.

Entre os conteúdos controversos, destaca-se um vídeo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente está nos Estados Unidos. Em sua publicação, o parlamentar afirma que o Banco do Brasil corre o risco de "ser cortado das relações internacionais" e que sua falência é iminente por conta do não cumprimento da Lei Magnitsky, uma norma do governo americano. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) também foi mencionado na denúncia.

O Banco do Brasil classifica esses atos como crimes que ferem o Estado Democrático de Direito e a soberania nacional, além de responsabilizar os acusados por violação de sigilo bancário e difamação. Se a AGU aceitar a denúncia, uma ação judicial poderá ser encaminhada.

Ministro da Fazenda Denuncia Ataques Orquestrados

Em uma entrevista ao Jornal GGN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou sua preocupação com a situação, descrevendo a situação como um "ataque orquestrado" por parte de grupos ligados a Bolsonaro contra o Banco do Brasil. Ele destacou que essa agressão não se limita às redes sociais, mas também se manifesta em projetos de lei que estão em tramitação no Congresso, todos visando desestabilizar a instituição.

Haddad alertou que há propostas de lei sendo discutidas que tentariam perdoar dívidas do agronegócio, que, segundo ele, não enfrenta problemas financeiros no Banco do Brasil. Ele acusou os bolsonaristas de criarem uma situação de inadimplência para minar a confiança nas instituições públicas.