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Azeite de Oliva: Marcas Proibidas no Brasil e Dicas para Evitar Falsificações

2024-10-28

Autor: João

O aumento acentuado do preço do azeite de oliva, resultado da crise nas plantações de oliveira na Europa, levou a um alarmante crescimento das fraudes nesse mercado. Somente em 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) registrou 48 autos de infração e, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), baniu a comercialização de 29 marcas de azeite no Brasil, que podem representar riscos à saúde. Confira a lista ao final deste artigo e fique alerta!

Ludmilla Verona, coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal do Mapa, destacou à Agência Brasil que as adulterações ocorrem principalmente quando produtos importados chegam ao país. "Na maioria dos casos, a importação do azeite de oliva a granel ocorre de maneira legal", explica Ludmilla. No entanto, a fraude geralmente acontece no momento do envase, quando óleos vegetais de menor qualidade são misturados para aumentar a quantidade do produto final.

É importante ressaltar que algumas das marcas fraudulentas são conhecidas em seus países de origem, mas o Mapa não avalia a procedência da matéria-prima. Por isso, é fundamental que os consumidores estejam atentos não apenas ao nome da marca, mas também aos lotes e informações das empresas importadoras, que são divulgadas pelo Ministério.

Para evitar a compra de produtos falsificados, consumidores devem estar cientes de que um preço muito baixo em relação ao mercado pode ser um sinal de alerta. Além disso, a embalagem também deve ser analisada com cuidado; muitos produtos misturam o azeite com outros tipos de óleos e tentam mascarar essa adulteração.

Outra dica crucial é cheirar o azeite antes da compra. O azeite de oliva puro possui um aroma característico de azeitona, enquanto produtos adulterados podem ter um cheiro mais semelhante a óleos vegetais comuns. O Mapa ainda recomenda optar por azeites que têm datas de envase mais recentes e garantir que a embalagem seja sempre de vidro escuro, o que ajuda a proteger o óleo da luz e preserva suas propriedades.

A lista das marcas proibidas no Brasil em 2024 inclui: Terra de Óbidos, Serra Morena, De Alcântara, Vincenzo, Az Azeite, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Don Alejandro, Mezzano, e Uberaba. Novas proibições também foram adicionadas em datas posteriores: Málaga, Rio Negro, Quinta de Aveiro, Cordilheira, Serrano, Oviedo, Imperial, Ouro Negro, Carcavelos, Pérola Negra e La Ventosa, entre outras.

Além do azeite, o Mapa incluiu outras categorias alimentícias em sua lista de produtos que não passaram nos testes, como café e feijão. É essencial que os consumidores se mantenham informados e protejam sua saúde. Para conferir a lista completa e atualizada, acesse o site do Mapa e fique atento aos sinais de fraude no seu dia a dia.