Prepare-se, belo-horizontino! A partir de 1º de janeiro, as tarifas do transporte coletivo na capital vão sofrer um aumento significativo. As passagens para as linhas curtas passarão de R$ 2,50 para R$ 2,75, as convencionais, que incluem o MOVE, irão de R$ 5,25 para R$ 5,75 e as passagens das linhas circulares e alimentadoras terão um salto de R$ 5,00 para R$ 5,50.

Apesar do aumento, 12 linhas que atendem comunidades em situação de vulnerabilidade permanecerão gratuitas. Grupos específicos, como mulheres em situação de violência econômica e social, estudantes da rede pública e usuários de Vale-Transporte Saúde, continuarão isentos das tarifas durante as eleições municipais.

Vale lembrar que o último reajuste ocorreu em 29 de dezembro de 2023, depois de quatro anos sem mexer nas tarifas. Naquele momento, houve um aumento de R$ 4,50 para R$ 5,25 nas passagens convencionais.

Uma boa notícia! Se você possui créditos eletrônicos do Cartão BHBus Vale-Transporte adquiridos até 31 de dezembro, eles manterão seu valor até serem utilizados. Os portadores do Cartão BHBus Usuário, com créditos comprados até o fim do ano, têm a opção de utilizá-los pela tarifa antiga por até 45 dias após o reajuste, ou trocá-los sem custo.

Em uma tentativa de justificar o aumento, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) alega que essa é uma medida necessária para manutenção e melhorias do sistema de transporte público. Com base na Lei 11.458/2023, a Superintendência de Mobilidade (Sumob) é responsável por calcular os custos do transporte anualmente, considerando variáveis como combustível, peças, tributos e despesas com pessoal.

O cenário é preocupante: segundo a Sumob, o custo operacional aponta uma tarifa de R$ 9,40, mas para não onerar ainda mais o usuário, a PBH subsidia parte desses custos. O orçamento aprovado prevê R$ 518,2 milhões às empresas operadoras, condicionando esse repasse à qualidade dos serviços prestados e à regularidade das viagens.

Além do aumento nas tarifas, a cidade está sob alerta geológico, e nesta sexta-feira (27), BH amanheceu com chuva, o que reforça a necessidade de um transporte seguro e eficiente. Desde 2023, a remuneração do transporte público em BH é feita por quilômetro rodado, buscando mais eficiência e transparência na gestão dos recursos públicos.

Durante uma coletiva recente, o superintendente de Mobilidade, André Dantas, afirmou que ainda não há previsão de novo reajuste em 2025. Ele destacou a política de 'Tolerância Zero' da PBH em relação à má qualidade nos serviços, resultando em milhares de fiscalizações e autuações. Uma ação que não pode ser ignorada, já que impactos diretos na qualidade do transporte público são sentidos diariamente pelos usuários.

Para 2024, de acordo com a PBH, o sistema de transporte coletivo já realiza 24.383 viagens diárias e introduziu 1.005 novos veículos na frota, incluindo micro-ônibus e novos veículos para o MOVE, além da implementação de 1,3 mil novas viagens em 278 linhas de ônibus. Portanto, fique atento às mudanças e prepare-se para o aumento que já está à porta!