O ex-presidente Jair Bolsonaro acredita que, com a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, ele poderá contar com o apoio do ex-mandatário dos EUA para sua própria campanha à presidência em 2026. Em recente entrevista, Bolsonaro afirmou que Trump tem um "interesse enorme" no Brasil, não apenas pela riqueza e tamanho do país, mas também por sua importância estratégica na América do Sul.

Bolsonaro elogia a liberdade de expressão e aponta que, ao apoiá-lo, Trump poderia ajudar a "desequilibrar positivamente" a região em favor da democracia e da liberdade. Ele ressaltou que a "grande arma" de Trump seria justamente a defesa desses valores, que são alinhados com os de seu eleitorado.

O ex-presidente também fez referência à preocupação de Trump com o avanço da esquerda no continente sul-americano, mencionando conversas anteriores sobre a Venezuela. Durante seu mandato, Trump expressou, em várias ocasiões, suas preocupações sobre o impacto que um governo de esquerda no Brasil teria na estabilidade política da região.

Bolsonaro, que atualmente se considera inelegível, mas mantém o discurso de candidatura, questionou as razões de sua inelegibilidade ressaltando que não cometeu nenhum ato criminoso que justificasse uma punição tão severa. Ele falou sobre a possibilidade de reverter essa situação judicial e mencionou que poderia contar com o Congresso para isso, especialmente com a força crescente dos direitos conservadores em todo o mundo.

O ex-mandatário também afirmou que a influência de Trump seria vital em sua campanha, especialmente por meio de alianças estratégicas e ações que poderiam influenciar economicamente o Brasil, semelhantes às sanções aplicadas à Venezuela. Ele acredita que a colaboração com Trump poderia resultar em um engajamento americano em favor de políticas que promovam a liberdade de expressão e a democracia no Brasil.

Nos bastidores políticos, há especulações de que, caso sua inelegibilidade não seja revertida, seu filho, Flávio Bolsonaro, poderia ser um candidato alternativo. No entanto, Bolsonaro reafirma que sua escolha permanecerá legítima até que uma decisão oficial o retire definitivamente do jogo político.

Além disso, ele comentou sobre a atual situação política, onde, com a ascensão do conservadorismo em diversos países, como Argentina e Estados Unidos, há uma expectativa renovada entre os apoiadores de um retorno à direita no Brasil. Este ambiente positivo poderia dar suporte à sua candidatura, mesmo diante das adversidades.

Ao final de sua análise, Bolsonaro não deixou de criticar adversários políticos e mencionar como a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a mídia poderiam ter afetado negativamente suas chances nas eleições passadas. Com isso, ex-presidente pede um olhar direcionado para o futuro, ressaltando que seu compromisso com os valores da liberdade e da democracia continua firme.