Ariana Martins de Souza, uma mulher valente de 38 anos, narra a sua trajetória de luta contra a obesidade, que a acompanhou desde a infância. Ao procurar o portal Abordagem Notícias, ela revela não só as adversidades enfrentadas, mas também o preconceito que sofreu antes de sua cirurgia bariátrica. Após perder impressionantes 58 quilos, Ariana agora precisa de apoio financeiro para realizar a tão aguardada cirurgia de remoção de pele.

Desde os sete anos, Ariana já lutava contra seu peso. Com 12 anos, já era considerada obesa. "Os médicos pediam para minha mãe controlar minha alimentação, mas as piadas e zombarias dos colegas de escola muitas vezes foram mais dolorosas que qualquer recomendação médica. Minha experiência de infância em São Paulo foi marcada por constrangimentos", desabafa. Isso impactou sua autoestima e moldou a forma como ela se vê até hoje.

Os desafios se ampliaram com o tempo. "Constrangimentos continuaram a aparecer, seja em consultas médicas ou em ambientes profissionais. Não conseguir passar em catracas de ônibus por causa do meu peso era extremamente desconfortável. As pessoas olham com julgamento, como se a nossa luta não fosse digna de compaixão", comenta.

A primeira cirurgia bariátrica em 2015 foi um marco na vida de Ariana. Motivada pelo bem-estar do seu filho, que enfrentava bullying por causa do peso da mãe, ela decidiu buscar ajuda. Contudo, o que deveria ser um novo começo se transformou em uma luta contra o efeito sanfona. "Após perder 45 quilos, não consegui manter o peso e acabei engordando novamente. O divórcio exacerbou minha depressão, aumentando ainda mais a minha luta contra a obesidade."

Ariana contou que, após um novo momento de crise, optou pela reversão da bariátrica e encontrou no SUS um novo caminho. "Hoje, após perder 58 quilos com um acompanhamento adequado e uma reeducação alimentar, estou determinada a continuar essa jornada. Não é fácil, mas tenho apoio e estou fazendo por mim e pela minha filha de 4 anos", revela com esperança.

Entretanto, o excesso de pele resultante da perda de peso tem sido um obstáculo significativo na sua jornada para a saúde. "O excesso de pele me causa dor e afeta a minha autoestima. Estou buscando a cirurgia de remoção de pele pelo SUS, pois não tenho condições financeiras para arcar com esse procedimento", explica.

Ariana enfatiza a importância do apoio familiar. "Minha família sempre acreditou em mim e me incentivou. Ninguém deve enfrentar esse tipo de combate sozinha", afirma. Ao mesmo tempo, ela clama por um sistema de saúde mais sensível, onde as pessoas obesas possam ser tratadas com dignidade.

"A obesidade é uma doença complexa, e a luta não é só física. É emocional e psicológica. Muitas pessoas não compreendem a dor que carregamos. Por isso, incentivo a todos que estão passando por dificuldades a buscar ajuda, especialmente psicológica. Não é fácil, mas é necessário. A vida pode ser melhor. Se eu consegui, todos podem conseguir!", conclui com uma mensagem de força e esperança.

A luta de Ariana é um exemplo de resiliência e determinação. Sua história ressalta a relevância de um suporte emocional e a necessidade de um atendimento mais humanizado na área da saúde. Lutar contra a obesidade e a depressão é uma batalha que muitas pessoas enfrentam silenciosamente, mas com apoio e coragem, todo desafio pode ser superado. Vamos ajudar a espalhar essa mensagem e apoiar quem também luta por suas vidas. Essa é a verdadeira força!