Amorim minimiza escolhas de Trump e expressa esperança de colaboração entre Brasil e EUA
2024-11-15
Autor: Matheus
O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais, comentou sobre a recente escolha de membros da equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Em declarações feitas nesta sexta-feira (15), Amorim minimizou os impactos imediatos das nomeações, defendendo que é necessário esperar as ações reais do novo governo para poder fazer uma avaliação adequada sobre as relações Brasil-EUA.
"Devemos respeitar os processos de todos os países. Vamos observar como as coisas evoluem. Não julgo nomes, mas sim atos e ações", afirmou o embaixador, durante um evento do G20 Social, promovido pela presidência brasileira do grupo.
Entre os nomeados por Trump está Marco Rubio, atual senador e crítico contundente de regimes autoritários na América Latina. Rubio, que é conhecido por suas posturas firmes em relação ao Irã e à China, já havia expressado críticas ao governo Lula devido às relações do Brasil com o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.
Amorim enfatizou a importância de aguardar os resultados das ações da nova administração: "O presidente Joe Biden foi um aliado importante para o Brasil, especialmente nas questões sociais e ambientais. Vamos torcer para que Trump, mesmo buscando seus interesses, contribua de alguma maneira para uma relação frutífera com o Brasil."
Ele também fez referência ao bilionário Elon Musk, que, segundo Amorim, poderia desempenhar um papel de facilitador nas relações internacionais. Musk, que se reuniu com o embaixador do Irã para as Nações Unidas, exemplificou que o diálogo é fundamental para promover a paz. "Conversas e diálogos, não afirmações de princípios isolados, são o que realmente podem levar à paz no mundo", concluiu Amorim.
À medida que os Estados Unidos se preparam para uma nova fase sob a liderança de Trump, a expectativa é de que as ações concretas do novo governo possam fortalecer ou complicar ainda mais o já intrincado relacionamento com o Brasil. Especialistas internacionais estão atentos aos próximos passos, sugerindo que a abordagem pragmática pode ser a chave para uma parceria eficaz entre as duas nações.