
Alerta! Febre Amarela Mata 60% dos Infectados em São Paulo!
2025-04-03
Autor: Gabriel
Entre janeiro e 31 de março de 2025, o estado de São Paulo contabilizou 42 casos confirmados de febre amarela, resultando em 24 mortes. Isso revela um índice alarmante: 6 em cada 10 pessoas infectadas não sobrevivem à doença.
As autoridades estaduais de saúde estão em estado de alerta com esse aumento significativo nos casos. Observou-se que, logo no início de cada ano desde 2007, uma série de epidemias se destacou, especialmente nos anos de 2009, 2017, 2018, 2019 e agora em 2025.
Os números históricos indicam que 2018 foi o mais severo, com 517 casos e 164 óbitos no estado paulista. Além disso, Regiane de Paula, responsável pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde, esclarece que a febre amarela tem ciclos de surto influenciados por fatores como mudanças climáticas, urbanização e baixa cobertura vacinal. O período entre dezembro e maio é particularmente crítico para a transmissão, dado que as chuvas favorecem a proliferação dos mosquitos transmissores.
Atualmente, 81,16% da população paulista está vacinada contra a febre amarela, um aumento significativo em relação aos 64,40% registrados em 2022. A meta do governo é alcançar 95% da população vacinada para garantir proteção contra a doença.
"No início da epidemia, entre 2017 e 2019, existiam 425 municípios considerados áreas de recomendação de vacina, especialmente na região noroeste do estado. A população da Grande São Paulo não era inicialmente recomendada a vacinar-se", explica Paula. Com a escalada da transmissão, havia uma dificuldade em vacinar a população na mesma velocidade que o vírus se espalhava. A resposta da saúde pública incluiu a implementação de estratégias inovadoras, como corredores ecológicos.
Atualmente, todo o estado de São Paulo é considerado endêmico para a febre amarela, cuja transmissão ocorre por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Esses mosquitos picam macacos infectados antes de transmitirem o vírus aos humanos.
Um reforço importante: os macacos não são os transmissores da febre amarela, mas sim suas vítimas. Se você encontrar um macaco morto, deve imediatamente entrar em contato com a vigilância em saúde municipal ou os serviços de zoonoses para que o animal seja recolhido e examinado.
Vale lembrar que a forma urbana da febre amarela, que utiliza o mosquito Aedes aegypti como vetor, não é registrada no Brasil desde 1942.
Sintomas e letalidade
Os sintomas da febre amarela incluem febre alta súbita, dores de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza, começando geralmente após três dias da infecção. A letalidade é extremamente elevada, pois o vírus tem a capacidade de invadir o fígado, causar hepatite fulminante e levar à morte.
No agravamento da doença, sinais como hemorragias, icterícia (pele e olhos amarelos), choque e insuficiência de múltiplos órgãos podem ocorrer.
Importância da Vacinação
Para quem planeja visitar áreas onde há registros de febre amarela ou regiões rurais, é essencial se vacinar ao menos dez dias antes da viagem. A vacina é aplicada em crianças menores de cinco anos em duas doses: uma aos nove meses e outra aos quatro anos. Aqueles que tomaram apenas uma dose precisam de uma dose adicional independente da idade.
A vacina é oferecida em dose única, com validade vitalícia, para indivíduos de até 59 anos, seguindo as recomendações da OMS de 2017. Pessoas acima de 60 anos devem passar por uma avaliação médica antes de receber a vacina. Se você recebeu a dose fracionada em 2018, procure uma unidade de saúde para um reforço.
O imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Paulo. Não deixe sua saúde para depois: vacine-se e proteja-se contra essa doença letal!