A Advocacia-Geral da União (AGU) está se preparando para cobrar da família Bolsonaro os altos custos com a contratação de um escritório de advocacia nos Estados Unidos, que deverá lidar com sanções aplicadas ao Brasil. O montante em questão pode chegar a impressionantes US$ 3,5 milhões, equivalentes a cerca de R$ 18,9 milhões.

A AGU, que tem o papel de defender o governo federal de questões jurídicas, anunciou que tomará medidas para ser reembolsada no futuro. Em nota divulgada recentemente, informou que irá buscar, junto aos responsáveis pelos danos ao país, a devolução dos valores gastos.

Embora não mencione nomes, fontes como a CNN apuraram que a cobrança poderá ser direcionada a aqueles que forem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por agirem contra a soberania nacional. Entre os indiciados estão Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, que já enfrentam investigações pela Polícia Federal.

Os US$ 3,5 milhões representam o teto gasto com os serviços do escritório Arnold & Porter Kaye Scholer LLP, especializado em litígios internacionais. A atuação desse escritório será tanto em questões administrativas quanto judiciais.

O pagamento não será realizado de uma única vez, mas conforme os serviços prestados, que variam em custo conforme a complexidade.

Nos próximos dias, a AGU deverá definir estratégias jurídicas com a equipe do escritório, visando reverter quaisquer medidas punitivas que possam afetar os interesses do Brasil. Essas medidas incluem tarifas, negação de vistos, bloqueio de ativos e restrições financeiras.

Vale lembrar que a AGU tem a função de representar agentes públicos quando as punições resultam do exercício de seus cargos, como é o caso do ministro Alexandre de Moraes do STF.