AGU Investiga Cotações Erradas do Dólar no Google: O Que Está Acontecendo?
2024-12-25
Autor: Julia
A Advocacia Geral da União (AGU) anunciou que ouvirá o Banco Central do Brasil (BC) para investigar uma possível divulgação incorreta da cotação do dólar apresentada no buscador Google na última quarta-feira (25).
Nesta data, o Google indicou que a moeda americana estava cotada a R$ 6,38, enquanto o fechamento oficial da moeda na segunda-feira (23) foi de R$ 6,15, gerando confusão entre os investidores e usuários.
Entenda o Caso
O Google exibiu a cotação do dólar a R$ 6,38, um valor significativamente superior ao verificado no mercado à vista, que encerrou o dia 23 a R$ 6,15. A desatualização dos dados se destacou especialmente porque os mercados estavam fechados na quarta-feira, devido às festividades de Natal, o que impediu a verificação dos preços em tempo real. Nos dias que antecederam o feriado, a movimentação no mercado foi mínima, com poucos negócios realizados.
De acordo com informações fornecidas pelo Google, as cotações exibidas provêm de provedores globais de dados financeiros. A empresa também ressaltou que está colaborando com seus parceiros para investigar a questão e resolver quaisquer preocupações a respeito da exibição das informações financeiras. Para aumentar a transparência, o Google permite que os usuários consultem as fontes de dados utilizadas em sua plataforma.
Responsabilidade e Dados do BC
O Banco Central se comprometeu a entregar os dados solicitados pela AGU e mobilizou sua equipe para garantir respostas rápidas, mesmo durante o feriado. Gabriel Galípolo, que atua como presidente interino do BC, está supervisionando o processo. Galípolo toma a frente da instituição enquanto Roberto Campos Neto está em recesso até o final do ano; ele assumirá oficialmente a presidência do BC em 1º de janeiro.
Histórico de Erros
Esse não é o primeiro incidente envolvendo cotações equivocadas do dólar no Google. Em novembro, a plataforma também exibiu um valor inconsistente, mostrando o dólar a R$ 6,18, quando a cotação real era de R$ 5,7405, evidenciando uma diferença preocupante e reforçando a necessidade de uma revisão nos procedimentos de atualização desses dados financeiros.
AGU em Ação
A atuação da AGU não se limita apenas a essa questão. Recentemente, o órgão também requisitou investigações sobre fake news envolvendo Gabriel Galípolo, indicado por Lula para a presidência do BC. A AGU já havia enviado ofícios à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), solicitando que medidas investigativas adequadas fossem instauradas, demonstrando assim um esforço contínuo para preservar a integridade das informações no mercado financeiro.
O Que Esperar?
Com a crescente dependência das plataformas digitais para informações financeiras, a confiabilidade dos dados se torna ainda mais crucial. A cooperação entre o Google e as autoridades deve garantir a transparência que o mercado e os usuários precisam. Fique atento para mais atualizações sobre essa investigação e seus desdobramentos!