A ação da rede de atacarejo Assaí (ASAI3) sofreu uma queda acentuada de 5,42%, atingindo R$ 7,68 nas primeiras negociações desta segunda-feira (30), após a Receita Federal do Brasil (RFB) emitir um termo que determina o arrolamento de ativos da empresa no total de R$ 1,265 bilhão. Essa medida está relacionada a contingências tributárias que envolvem o Grupo Pão de Açúcar (GPA), que opera com supermercados e postos de gasolina.

De acordo com o Assaí, essa decisão não impede a venda de qualquer ativo da companhia, mas cria uma lista que permitirá à Receita Federal monitorar as transações futuras. Apesar de a análise da XP Investimentos não prever impactos significativos no balanço ou fluxo de caixa do Assaí, a situação pode aumentar a percepção de risco entre os investidores.

O comunicado afirmando a retenção dos ativos faz referência a possíveis contingências tributárias que estavam em discussão relacionadas às operações do GPA até 2020, período que antecede a cisão do Assaí. Para a XP, essa notificação ocorre porque a Receita vê o Assaí como uma parte "relacionada" ao GPA, mesmo com a gestão das operações de ambas as empresas sempre funcionando de forma separada, o que gera uma certa confusão no mercado.

É importante destacar que o acordo de cisão entre as empresas não estabelece responsabilidade conjunta por passivos anteriores, o que significa que o GPA deve compensar o Assaí por eventuais perdas financeiras. Essa situação levanta preocupações sobre a solidez das operações do Assaí em meio à instabilidade do panorama tributário no Brasil.

Diante desse momento turbulento, os investidores devem estar atentos às próximas desenvolvimentos, pois novos desdobramentos podem impactar ainda mais o desempenho da empresa na bolsa de valores.