Esportes

A Revolução das Apostas: Como os Patrocínios de Casas de Apostas Dominam o Futebol Brasileiro

2024-12-25

Autor: Matheus

O recente acordo entre o Palmeiras e a Sportingbet elevou o número de clubes brasileiros, das Séries A e B, que exibem propagandas de casas de apostas em seus uniformes para impressionantes 40. O Palmeiras, tradicionalmente resistente a essa tendência, manteve sua parceria com a Crefisa, mas agora se junta à leva de clubes que aceitam esse novo influxo de dinheiro. Vale ressaltar que tanto o Palmeiras quanto Leila Pereira não têm responsabilidade direta nessa transformação; é uma decisão da Crefisa não concorrer com os investimentos substanciais das casas de apostas.

Atualmente, between a dozen of the most relevant sponsorship contracts in the country, only Grêmio and Internacional estão fora da lista dos que receberam casas de apostas como patrocinadores principais. No entanto, é interessante notar que o uniforme do Grêmio de 2024 traz a inscrição "Esportes da Sorte" ao lado do escudo, enquanto a marca "EstrelaBet" aparece nos ombros do Internacional.

Os patrocínios mais valiosos incluem: Flamengo (PixBet), Corinthians (Esportes da Sorte), Palmeiras (Sportingbet), Vasco (BetFair), Atlético (H2Bet), Santos (Blaze), São Paulo (Superbet), Fluminense (Superbet) e Cruzeiro (BetFair), todos com valores acima de R$ 40 milhões por ano e representados por casas de apostas. Essa mudança representa um novo paradigma no financiamento do futebol brasileiro, que se tornou dependente desses recursos.

Nos debates sobre a regulamentação dessas apostas, há consenso sobre a necessidade de estabelecer regras claras para a publicidade, mas as instituições reconhecem que não é viável eliminar esses patrocínios imediatamente. Fazer isso colocaria em risco a sustentabilidade financeira de muitos clubes que passaram os últimos anos se apoiando nessa nova fonte de receita, particularmente em um cenário onde a regulamentação começou apenas no final do governo Michel Temer, em 2018.

A situação atual, com 40 clubes das Séries A e B absorvendo esse capital, é reminiscente dos patrocínios de marcas de cigarros na Fórmula 1 durante as décadas de 1970, 1980 e 1990. A proibição total das publicidades de tabaco só ocorreu em 2006, mas durante as temporadas anteriores, marcas como Honda Marlboro McLaren e Camel Team Lotus Honda eram onipresentes. O que parecia um cenário inalterável, sem a presença dos cigarros, viu a Fórmula 1 florescer e se reinventar ao longo dos anos.

Com essa paralela, levanta-se a questão: até quando o futebol brasileiro poderá navegar por esse mar de apostas e depender dessas fontes de renda que, com certeza, mudarão a face do esporte no país?