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A Nova Era do Financiamento Imobiliário: Regras da Caixa Mudam o Jogo!

2024-11-01

Autor: Mariana

A partir de hoje, 1º de dezembro, as regras para financiamento de imóveis pela Caixa Econômica Federal mudaram drasticamente, deixando muitos mutuários em alerta! Com a nova política, quem sonha com a casa própria precisará desembolsar uma entrada maior e poderá financiar uma porcentagem menor do valor do imóvel.

Para quem optar pelo sistema de amortização constante (SAC), a entrada salta de 20% para impressionantes 30% do total do imóvel. Já no sistema Price, onde as parcelas são fixas, a entrada sobe de 30% para alarmantes 50%! E atenção: a Caixa só fornecerá crédito para aqueles que não possuírem outro financiamento habitacional ativo com o banco. A pressão financeira parece estar aumentando.

A limitação de avaliação dos imóveis ultrapassa os R$ 1,5 milhão em todas as modalidades do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Enquanto isso, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com juros mais baixos, também se restringe a imóveis de até R$ 1,5 milhão, mas não há teto de valor para o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).

Essas mudanças afetam apenas novos financiamentos e não vão impactar unidades habitacionais já financiadas pela Caixa. A boa notícia é que, para construções financiadas diretamente pelo banco, as condições atuais continuam como estão. Afinal, a Caixa detém nada menos que 70% do financiamento imobiliário no Brasil!

O banco justificou estas medidas afirmando que a sua carteira de crédito habitacional deve superar o orçamento aprovado para 2024. Nos nove primeiros meses de 2023, a Caixa soltou R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No SBPE, foram R$ 63,5 bilhões liberados.

"Sempre estamos buscando formas de atender a demanda crescente por financiamentos habitacionais, em diálogo constante com o mercado e o governo", assegurou a Caixa em nota oficial.

Entretanto, a verdade por trás dessa limitação de crédito está relacionada ao crescente volume de saques na caderneta de poupança e às novas restrições impostas às Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Sem essa escalabilidade, a Caixa enfrentaria a necessidade de aumentar os juros, o que poderia desestimular ainda mais os empréstimos.

De acordo com o Banco Central, setembro trouxe o maior volume de saques líquidos do ano, onde os correntistas retiraram R$ 7,1 bilhões a mais do que depositaram, marcando o terceiro mês consecutivo de retiradas. Em meio ao aumento das taxas nos bancos privados, a demanda pelos serviços da Caixa continuou a crescer, ressaltando a importância da instituição no cenário habitacional brasileiro.

E uma pergunta permanece no ar: será que essas novas regras estão aqui para ficar? Ou voltarão ao normal em 2025, quando o novo orçamento da Caixa para crédito habitacional for introduzido? Se você está no mercado imobiliário, fique atento! As mudanças podem representar uma nova era no financiamento habitacional no Brasil.