A Incrível Lembrança de Fábio Carille sobre o Vasco: Um Dia que Mudou Tudo!
2025-01-13
Autor: Matheus
Há treze anos, Fábio Carille, então um mero auxiliar técnico, entrou em São Januário sem saber que um dia seria o treinador do Vasco. Ele estava ali, em 2012, observando o time cruz-maltino para preparar o Corinthians para a fase seguinte da Libertadores. O que viu na Colina Histórica o impressionou profundamente.
O relato de Carille veio à tona durante sua coletiva de apresentação como técnico do Vasco. Naquela época, ele fazia parte da comissão técnica de Tite e tinha a tarefa de estudar os adversários. O Vasco, em um grande momento, enfrentava o Lanús nas oitavas de final da Libertadores e, juntos, Corinthians e Vasco disputavam a trajetória do torneio numa fase intensa.
"O que eu mais lembro foi em 2012, quando estive aqui. Ninguém me conhecia, fui à paisana para assistir Vasco x Lanús, atuando como observador do Corinthians na Libertadores", revelou Carille, ainda visivelmente encantado pela atmosfera do estádio.
Ele descreveu a energia da torcida: "Estava lá no meio da torcida, quietinho, vendo o bandeirão passar, a gritaria, o apoio incondicional. É algo que não consigo esquecer, a paixão dessa torcida pelo clube. Nós, dentro de campo, devemos representar essa torcida com dignidade e entrega".
Naquela competição, sob a condução de Cristóvão Borges, o Vasco contava com muitos jogadores que brilharam na conquista da Copa do Brasil no ano anterior, como Fernando Prass, Fagner, Felipe e Diego Souza. Juninho Pernambucano também estava no elenco, mas chegou após a conquista do título.
O Vasco teve uma campanha sólida na fase de grupos, avançando sem dificuldades em uma chave que incluía Libertad, Nacional e Alianza Lima, terminando com 13 pontos. O jogo decisivo contra o Lanús, em 2 de maio de 2012, foi marcado por um São Januário lotado, onde a torcida esperava que o time deixasse uma vantagem confortável para a partida de volta.
Aos 25 minutos, o cenário começou a se desenhar favorável com um cruzamento de Éder Luis que Alecsandro, de maneira improvisada, conseguiu colocar para dentro. No entanto, o grande momento do jogo veio pouco antes do intervalo: Diego Souza, em uma jogada mágica, deu um chapéu em Braghieri e disparou um chute fulminante que levantou a torcida à loucura. Foi um golaço que ecoa até hoje nas memórias dos torcedores.
O primeiro tempo terminou com a torcida em êxtase, mas o segundo tempo trouxe tensão, já que o Lanús conseguiu um gol com Regueiro, e Cristóvão foi alvo de vaias no apito final, mesmo com a vitória inicial.
Na volta, em Buenos Aires, o Lanús venceu por 2 a 1, mas o Vasco se classificou nas penalidades. Enquanto isso, o Corinthians avançava sem maiores problemas contra o Emelec. Nas quartas de final, Corinthians e Vasco se enfrentaram em um duelo eletrizante, conhecido pelo gol de cabeça de Paulinho e pela inacreditável chance desperdiçada por Diego Souza.
O Corinthians de Tite e Fábio Carille viria a ser campeão da Libertadores, derrotando o Boca Juniors na final. Quase cinco anos depois, Carille seria efetivado no comando do Corinthians, dando início a uma carreira promissora como treinador. O que seria do futebol brasileiro se aquele dia em São Januário não tivesse acontecido? O que Carille ainda tem a ensinar ao Vasco e ao futebol nacional? As respostas podem estar mais perto do que imaginamos!