Em uma declaração impactante, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou na terça-feira (14.jan.2025) durante uma entrevista que as grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs, estariam se alinhando com a extrema direita. Embora não tenha mencionado diretamente a Meta, proprietária do Facebook e Instagram, Haddad criticou sua decisão de suspender a checagem de fatos, alertando que o Brasil enfrentará "dias difíceis pela frente" devido à disseminação de notícias falsas.

O ministro também abordou o uso de deepfakes, uma tecnologia que utiliza inteligência artificial para criar imagens e sons falsos que parecem reais. Ele alertou que essa prática tem se tornado uma ferramenta poderosa na proliferação de desinformação. "O que estamos vendo é alarmante. Esse alinhamento das big techs com ideologias extremistas pode desestabilizar a democracia e fazer com que debates justos e honestos se tornem impraticáveis", comentou.

Além disso, ele enfatizou que há uma clara organização da extrema direita global, que possui uma influência considerável e pode representar um risco sério à democracia. "A capacidade de manipular a informação e moldar narrativas é uma ameaça direta aos princípios democráticos que tanto valorizamos. Estamos em uma batalha constante contra a desinformação", declarou Haddad.

Em meio a esta crise de credibilidade, o ministro também desmentiu uma nova fake news que circulou nas redes sociais, a qual afirmava que ele pretendia implementar um imposto sobre carros antigos com mais de 20 anos. "Existem pessoas que preferem acreditar em boatos ou informações que circulam no WhatsApp, ignorando a imprensa séria", afirmou, manifestando seu descontentamento por ser alvo de fake news pela segunda vez em menos de uma semana.

"Hoje, novamente fui vitimado por uma deepfake. É triste ver como algumas pessoas não levam a sério as consequências que isso pode ter para a nossa democracia. Criar falsificações digitais é uma forma de traição aos valores democráticos", disse Haddad, expressando sua frustração.

Ele também agradeceu o apoio recebido de diversos congressistas, incluindo membros da oposição, que entraram em contato após o incidente. "Muitas pessoas que não fazem parte da minha base governamental demonstraram preocupação e solidariedade. Curiosamente, não recebi nenhum apoio de figuras ligadas ao bolsonarismo", revelou o ministro, ressaltando a importância da unidade em tempos de crise.