A Corrida Espacial do Século 21: EUA e China Dominam a Lua em 2024
2024-12-25
Autor: Carolina
Introdução
O ano de 2024 marcou um ponto de inflexão na exploração lunar, com os Estados Unidos e a China se destacando na corrida para a Lua. Por um lado, a NASA, agora mais do que nunca aliada ao setor privado, está apostando em uma nova era de missões espaciais, enquanto do outro, a China lidera com sua avançada missão estatal, Chang'e 6, que trouxe amostras do lado oculto da Lua, revelando mistérios ainda não explorados.
Retorno à Lua e Missões Recentes
O retorno à Lua após décadas de desinteresse é evidenciado pelo frenesi de atividades. A Chang'e 6, lançada em maio, conseguiu uma operação impecável, retornando à Terra com aproximadamente 2 kg de rochas lunares em 25 de junho. Essas amostras estão em análise e prometem fornecer novos dados sobre a geologia lunar, desafiando nossas concepções sobre o satélite, cuja diferença entre os dois hemisférios é cada vez mais notável.
Enquanto isso, os americanos enfrentaram altos e baixos. Duas missões lunares foram lançadas: a Peregrine, da Astrobotic, encerrou em um fracasso com um vazamento de combustível, e a Odysseus, da Intuitive Machines, fez história como a primeira missão privada a realizar um pouso lunar suave, mesmo com um passeio irregular durante a descida.
Novos Entrantes e Tecnologias
Em um destacado marco tecnológico, o Japão fez sua estreia no mesmo cenário, com a sonda Slim pousando com sucesso em 19 de janeiro, tornando-se o quinto país a conquistar esse feito. A sonda não apenas foi a primeira robótica japonesa a descer na Lua, mas também sobreviveu aos extremos de frio lunar.
A Corrida Espacial do Futuro
E o que está por vir? A corrida não é apenas entre os antigos líderes, pois, com o desenvolvimento de novos foguetes, a competitividade aumentou. A United Launch Alliance, por exemplo, revelou seu foguete Vulcan, enquanto a Arianespace lançou com sucesso o Ariane 6 após um breve contratempo. Contudo, todos os olhares estão voltados para o poderoso Starship da SpaceX, que ampliou seus voos em 2024, incluindo uma recuperação notável do primeiro estágio de um de seus voos.
A NASA tem grandes planos para o Starship, já que ele está programado para levar a missão Artemis 3, possibilitando o primeiro pouso lunar tripulado do século 21 em 2027.
Ambições da China e do Setor Privado
Em um cenário semelhante, a China revelou suas ambições com o Longa Marcha 10, que deverá decolar em 2027. Recentemente, lançou com sucesso o Longa Marcha 12, um foguete menor mas igualmente promissor. Além disso, a China está estimulando o setor privado em sua corrida espacial, como demonstrado pelo foguete Gravity-1, que fez um impressionante primeiro voo em janeiro.
Desafios e Exploração Interplanetária
Por outro lado, a Boeing, apesar de realizar o primeiro lançamento tripulado desde o fim do programa Apollo, enfrentou dificuldades durante o retorno, levando a NASA a decidir não arriscar com a cápsula Starliner, que voltou sem astronautas.
Enquanto o foco é na Lua, as ambições se estendem além. Em outubro, a NASA lançou a Europa Clipper, que se dirige a Júpiter para investigar a potencial habitabilidade de Europa, uma de suas luas que esconde um oceano sob seu gelo. A chegada a este novo mundo é esperada apenas em 2030, mostrando que velocidade e exploração interplanetária são o novo foco.
Conclusão
O cenário espacial, portanto, nunca esteve tão agitado, e a disputa entre as potências se intensifica. O que esperar para os próximos anos? Novas descobertas e uma crescente rivalidade entre EUA e China que prometem transformar nossa visão do espaço.