Marina Lacerda Fala Pela Primeira Vez

Em uma emocionante coletiva de imprensa, Marina Lacerda revelou publicamente que foi vítima de abuso sexual por parte do notório financista Jeffrey Epstein. Lacerda é identificada como "vítima menor de idade número um" em um processo federal de 2019 contra Epstein, e suas informações foram fundamentais para que os procuradores conseguissem prender o magnata.

Um Passado Doloroso

A brasileira compartilhou sua história com um olhar firme e determinado. Ela disse que foi uma das muitas meninas forçadas a residir na mansão de Epstein em Nova York, ao lado de outras crianças. Lacerda emigrou do Brasil para os Estados Unidos aos 14 anos, e naquele período, se desdobrava em três empregos para sustentar sua mãe e irmã, dividindo um pequeno quarto no Queens.

A Ilusão do Emprego dos Sonhos

Marina relembrou que uma amiga sugeriu que ela poderia ganhar 300 dólares fazendo massagens em 'um cara mais velho'. "O que parecia ser um emprego dos sonhos rapidamente se transformou em meu pior pesadelo", desabafou.

A Triste Realidade dos Abusos

Em entrevista à ABC News, Lacerda explicou como a situação evoluiu de forma assustadora: "Com Epstein, tudo começa de maneira inocente, mas você acaba fazendo coisas que jamais imaginou, independente da sua vontade". A assistente de Epstein à época frequentemente entrava em contato, o que acabou levando Lacerda a abandonar seus estudos.

O Ciclo de Abusos

Os abusos se estenderam por três anos, tempo em que Lacerda buscava um "emprego de verdade" com Epstein. Ao se aproximar dos 17 anos, passou a ser rejeitada pelo financier, que alegava que ela era "velha demais".

Desvendando o Silêncio Após Anos

Curiosamente, a primeira vez que Lacerda foi contactada pela justiça foi em 2008, mas Epstein tinha um "acordo secreto de não acusação" que a impediu de falar. Somente dez anos depois, com novas evidências, os procuradores novamente entraram em contato.

A Força de se Fazer Ouvir

Na coletiva desta semana, Lacerda expressou sua determinação. "Estou aqui porque finalmente sinto que as pessoas que importam neste país se preocupam com o que temos a dizer". Sua coragem de compartilhar essa história é um chamado à atenção, não apenas para as vítimas, mas para toda a sociedade sobre a importância de ouvir e apoiar quem sofreu.