Saúde

A Batalha de Sabrina Gomes: Diagnósticos Severos Transformam Sua Vida e Cor da Pele

2024-11-02

Autor: Julia

Sabrina Gomes, uma corajosa jovem de 24 anos de Fortaleza, Ceará, enfrenta uma luta impressionante contra doenças raras que mudaram não apenas sua vida, mas também o tom de sua pele. Diagnosticada com Síndrome de Cushing e timoma, um tumor raro localizado no tórax, ela tem enfrentado efeitos colaterais devastadores.

Esses diagnósticos severos levaram Sabrina a um tratamento extremamente caro, onde cada dose de lutécio radioativo pode custar cerca de R$ 32 mil, e ela necessita de quatro doses. Infelizmente, o tempo de espera para o medicamento, fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), ultrapassa impressionantes dez meses.

Mas o que realmente causou essa drástica mudança na aparência da pele de Sabrina? Devido às condições de saúde, ela apresenta insuficiência renal, dificuldades respiratórias e hipertensão, além de perturbações metabólicas que contribuíram para a alteração em sua coloração cutânea. "Nos últimos dias, não consigo dormir e minha pele escureceu muito devido ao tratamento. Falar ou até andar se tornou um desafio para mim devido ao cansaço extremo", desabafa Sabrina.

Recentemente, após uma tomografia, foi descoberto que ela apresentava líquido no pulmão, uma condição conhecida como derrame pleural, além de um derrame pericárdico. Todos esses problemas são reflexos de seu tumor.

Sabrina foi diagnosticada com timoma ainda na adolescência, um tumor que resulta na produção excessiva de ACTH, um hormônio que afeta diversas funções do corpo. Com o tempo, isso evoluiu para a Síndrome de Cushing, que traz graves complicações como hipertensão, dificuldade de cicatrização e acúmulo de gordura.

Após a remoção das glândulas que produzem cortisol em 2022, a jovem conseguiu diminuir os níveis desse hormônio, mas o timoma continua a crescer, alcançando 17 centímetros de tamanho. A mudança em sua coloração de pele se deve aos altos níveis de ACTH que interagem com as células produtoras de melanina, promovendo um aumento na produção deste pigmento. A reversibilidade dessa alteração na pele ainda é uma incógnita médica.

Sabrina já passou por uma série impressionante de tratamentos, incluindo quatro cirurgias, três sessões de quimioterapia e radioterapia. O lutécio radioativo não apenas poderia estabilizar sua condição, mas, teoricamente, também curá-la. Enquanto isso, a Secretaria de Saúde tenta agilizar o processo de aquisição do medicamento com "um processo de dispensa de licitação", mas a situação é complexa.

A luta de Sabrina é um lembrete sombrio das batalhas enfrentadas por muitos que sofrem com doenças raras. Sua evolução médica, além de inspiradora, traz à tona questões cruciais sobre a burocracia na saúde pública e a urgência de criar soluções efetivas para tratamentos que podem salvar vidas. O que será que mais a jovem irá enfrentar? Sua fé e determinação são a sua maior força nessa jornada.