Saúde

A ameaça invisível: a gripe aviária H5N1 pode ser o maior problema de saúde em 2025

2024-12-31

Autor: Maria

A pandemia da Covid-19 pegou o mundo de surpresa, espalhando-se rapidamente e causando milhões de mortes. Desde então, a preocupação com a próxima grande doença infecciosa tem deixado muitos em alerta, seja ela um vírus, uma bactéria, um fungo ou um parasita. Embora a Covid-19 tenha recuado, os desafios na saúde pública continuam.

No cerne das preocupações estão três doenças infecciosas: a malária, o HIV e a tuberculose, que juntas são responsáveis pela morte de aproximadamente 2 milhões de pessoas anualmente. Além disso, as autoridades de saúde estão vigilantes em relação a patógenos que se tornaram resistentes a tratamentos comuns, como antibióticos e antivirais. A atenção dos cientistas está redobrada, pois um novo problema pode se apresentar a qualquer momento.

Atualmente, o subtipo H5N1 do vírus da influenza A, popularmente conhecido como gripe aviária, está gerando grande apreensão em saúde pública. Este vírus, que se acumulou em aves selvagens e domésticas, recentemente infectou gado leiteiro nos Estados Unidos e foi detectado em cavalos na Mongólia, despertando o temor de uma possível transmissão para os humanos.

A gripe aviária pode, sim, infectar seres humanos, com 61 casos já registrados nos EUA em 2023, a maioria decorrente do contato com animais infectados ou pela ingestão de leite cru. Em comparação a apenas dois casos nas Américas nos dois anos anteriores, o aumento é alarmante. E o que torna a situação ainda mais preocupante é a alta taxa de mortalidade associada a essa infecção: cerca de 30% em normas humanas.

Felizmente, a transmissão entre humanos ainda não se confirmou, o que diminui as chances de uma pandemia. Isso se deve a adaptação do H5N1 aos receptores siálicos das aves, que apresentam diferentes características dos receptores humanos. Contudo, a possibilidade de mutações ocorrerem não pode ser ignorada, e se isso acontecer, os governos deverão se mobilizar rapidamente para conter a disseminação.

A preparação global é fundamental. Países como o Reino Unido já adquiriram milhões de doses de vacinas contra a gripe aviária como precaução para 2025. Além disso, estimativas indicam que, mesmo sem uma capacidade de transmissão fácil entre humanos, o H5N1 pode afetar severamente a saúde animal, causando implicações significativas para o bem-estar dos animais e até mesmo para a segurança alimentar e a economia global.

O conceito de “saúde única” ganha destaque nesta discussão, enfatizando a interconexão entre saúde humana, animal e ambiental. A compreensão e prevenção das doenças em animais e no meio ambiente são essenciais para gerenciar os riscos e proteger a saúde pública.

Por fim, não devemos desviar o olhar das “pandemias lentas”, como a malária, HIV e tuberculose, que continuam a fazer vítimas ao redor do mundo. Combater essas doenças é tão importante quanto se preparar para novos patógenos que possam surgir. Fique de olho: o futuro da saúde global pode depender disso!