Estudos revelam que aproximadamente 10 milhões de pessoas são diagnosticadas com demência em todo o mundo anualmente, um número alarmante que continua crescendo. No Brasil, milhares de idosos enfrentam essa realidade, com projeções que indicam que o número de pessoas com Alzheimer poderá dobrar nas próximas décadas. A doença é a forma mais comum de demência, sendo responsável por danos severos à memória e às funções cognitivas. Detectar os primeiros sinais pode ser crucial para garantir o suporte necessário aos pacientes e cuidadores.

Pesquisas apontam que alterações na linguagem, especialmente no uso da fala, podem ser algumas das primeiras indicações de que algo não está certo. Aqui estão cinco mudanças na comunicação que podem sugerir o início da doença de Alzheimer:

1. Pausas e Hesitações Frequentes

Um dos primeiros sinais notáveis é a dificuldade em encontrar as palavras certas, levando a hesitações e longas pausas. Pacientes podem utilizar descrições vagarosas, como referir-se a um “cachorro” como “um animal que late”, quando não conseguem lembrar exatamente da palavra.

2. Uso Incorreto de Palavras

Pessoas com Alzheimer podem tentar substituir palavras que não conseguem lembrar, usando termos relacionados em um contexto mais amplo. Por exemplo, ao invés de "gato", podem dizer "animal". Isso pode ser um sinal de que a linguagem está se tornando um desafio para elas.

3. Falar Sobre Tarefas, em vez de Realizá-las

É comum que indivíduos com Alzheimer relatem suas inseguranças sobre a execução de tarefas ao invés de efetivamente realizá-las, mencionando pensamentos sobre como costumavam conseguir fazer. Essa hesitação pode ser um indicativo de que a doença está afetando suas habilidades executivas.

4. Uso Reduzido de Vocabulário

Um sinal mais sutil do Alzheimer é a tendência a utilizar um vocabulário simplificado. Muitas vezes, pessoas afetadas repetem os mesmos termos em vez de dar variedade às suas expressões, indicando uma limitação no acesso à linguagem rica e variada.

5. Dificuldade em Nomear Objetos

Estas pessoas podem ter desafios em categorizar e nomear itens de maneira eficiente. À medida que a doença avança, essa tarefa pode se tornar ainda mais árdua. Por exemplo, podem encontrar dificuldades em listar alimentos ou partes do corpo, refletindo as limitações cognitivas que a doença impõe.

É importante ressaltar que a perda ocasional de memória é normal, especialmente com o envelhecimento. No entanto, se você ou alguém que você conhece está enfrentando problemas persistentes com a linguagem e a memória, procurar ajuda médica o mais cedo possível pode fazer toda a diferença. O Alzheimer não é apenas uma doença que afeta os mais velhos; cerca de 5% dos diagnosticados são pessoas com menos de 65 anos, e essa condição é frequentemente conhecida como Alzheimer de início precoce.

Monitorar atentamente esses sinais pode ajudar na identificação precoce do Alzheimer e na busca por intervenções que possam retardar a progressão da doença, garantindo uma qualidade de vida melhor para aqueles afetados.