Saúde

1 em cada 3 pacientes com câncer apresenta sintomas meses antes do diagnóstico: A verdade surpreendente!

2024-11-06

Autor: Ana

Um estudo alarmante recentemente publicado no Canadian Medical Association Journal revela dados importantes sobre o acesso ao atendimento de emergência por pacientes diagnosticados com câncer em Ontário, Canadá. A pesquisa, que abrangeu informações de mais de 650 mil pessoas entre 2014 e 2021, revelou que impressionantes 35% dos pacientes buscaram atendimento em emergências nos 90 dias que antecederam seus diagnósticos.

Com uma análise meticulosa, os pesquisadores descobriram que uma proporção significativa dos pacientes que frequentou as salas de emergência precisou ser internada. A equipe de autores expressou preocupação com o impacto que esse tipo de atendimento pode ter no tratamento e manejo adequado do câncer, enfatizando que os pronto-socorros frequentemente carecem da capacidade de fornecer o acompanhamento contínuo necessário para esses casos complexos.

Por que os pacientes se dirigem aos prontos-socorros?

**Dificuldades em obter diagnósticos precoces**: Pacientes com câncer muitas vezes apresentam sintomas inespecíficos, dificultando a detecção precoce. Isso leva muitos a recorrer aos serviços de emergência.

**Falta de acesso a cuidados primários**: A ausência de um médico de família ou as dificuldades para agendar consultas podem empurrar pacientes com sintomas persistentes a buscarem ajuda emergencial.

**Barreiras socioeconômicas**: Pacientes em situações socioeconômicas mais vulneráveis frequentemente enfrentam desafios adicionais para acessar serviços de saúde, incluindo atendimento emergencial.

**Necessidade de educação em saúde**: Muitos não têm conhecimento suficiente sobre os sinais e sintomas que devem ser observados, o que pode atrasar a procura por cuidados médicos.

Quais grupos são mais propensos a buscar atendimento urgente?

O estudo identificou que certos grupos têm maior propensão a procurar serviços de emergência antes do diagnóstico de câncer. Idosos, moradores de áreas rurais, comunidades marginalizadas, pessoas com múltiplas condições de saúde e indivíduos diagnosticados durante a pandemia de Covid-19 estão entre os mais afetados. Surpreendentemente, imigrantes recentes, com menos de cinco anos no país, mostraram-se menos propensos a usar os prontos-socorros antes de receber um diagnóstico, levantando questões sobre as barreiras culturais e linguísticas ao acesso à saúde.

Por que esse estudo é tão significativo?

**Identificação de lacunas no sistema**: Os pesquisadores, ao analisar esses dados, podem descobrir falhas no sistema de saúde que estão forçando pacientes a procurarem emergências.

**Melhoria da qualidade do cuidado**: Com as conclusões do estudo, é possível sugerir estratégias para aperfeiçoar o acesso a cuidados primários e especializados, diminuindo a dependência de atendimentos emergenciais.

**Otimização de recursos**: Compreender melhor o perfil desses pacientes permite que os hospitais aloque recursos de forma mais eficaz, garantindo um atendimento mais adequado e no momento certo.

Desafios e recomendações para o sistema de saúde

Os especialistas envolvidos neste estudo destacam a urgência de revisar as estratégias de diagnóstico de câncer e o acesso a exames fora do ambiente de emergência. O pronto-socorro, muitas vezes considerado uma solução imediata, gera uma carga desnecessária nos hospitais, que já lidam com superlotação. Investir em cuidados ambulatoriais não apenas melhoraria a qualidade do atendimento, mas também aseguraria acesso mais equitativo e eficiente ao diagnóstico precoce.

É fundamental começar novos levantamentos para entender melhor porque certos grupos dependem do pronto-socorro para resolver sintomas suspeitos de câncer. Compreender esses fatores é essencial para o desenvolvimento de políticas que garantam tanto a eficiência do sistema de saúde quanto o bem-estar e prognóstico dos pacientes.

Entender como os pacientes interagem com o sistema de saúde antes do diagnóstico de câncer é vital para otimizar recursos e promover um tratamento mais humanizado. As informações produzidas no estudo em Ontário são extremamente relevantes e podem influenciar melhorias significativas no manejo e acesso a diagnósticos, reduzindo a dependência de atendimentos emergenciais e, consequentemente, melhorando o prognóstico dos pacientes oncológicos.