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Zelensky faz apelo dramático por apoio dos EUA de Trump na guerra contra a Rússia

2024-11-08

Autor: Gabriel

Após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro de 2024, Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, fez um apelo urgente para que os EUA continuem a apoiar a Ucrânia em sua luta contra a agressão russa. Nesta quinta-feira, 7 de novembro, durante um discurso na Cúpula da Comunidade Política Europeia em Budapeste, Hungria, Zelensky enfatizou que qualquer concessão territorial à Rússia poderia ser um 'suicídio' para a Europa.

'Alguns de vocês propuseram que a Ucrânia deveria fazer concessões a Putin. Isso é inaceitável para nós e teria consequências devastadoras para toda a Europa', alertou Zelensky, ressaltando a necessidade de solidariedade entre as nações do Ocidente.

A previsão de um governo Trump já gera preocupações entre líderes europeus e ucranianos. Muitos temem que a nova administração reduza a ajuda à Ucrânia, que já luta há quase três anos contra a invasão russa. Durante sua campanha, Trump não detalhou sua política externa, mas fez uma promessa audaciosa de resolver o conflito em '24 horas'.

Enquanto isso, o vice-presidente eleito J.D. Vance indicou que a administração Trump poderia buscar um acordo que incluiria a criação de uma zona desmilitarizada na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, o que inclui a devolução de territórios ucranianos ocupados. Essa proposta é altamente controversa e vai de encontro ao 'plano de vitória' de Zelensky, que exige a restituição total das áreas sob controle russo.

A proposta de Vance também sugere que a Ucrânia mantenha sua soberania, mas não se junte à OTAN, um ponto que Putin considera crucial. A visão do novo governo dos EUA, como delineada pelo vice-presidente, sugere um retorno a políticas do passado que poderiam alinhar mais os interesses americanos com os de Putin do que com os de seus aliados europeus.

No período em que foi presidente, de 2017 a 2021, Trump priorizou os interesses internos dos EUA e pressionou os aliados da OTAN a aumentar seus gastos com defesa, o que levou a um clamor por independência militar da Europa em relação a Washington. O que isso significa para o futuro da Ucrânia e a dinâmica da OTAN é incerto e continua a alimentar um debate acalorado entre analistas políticos e líderes de países envolvidos no conflito.

Enquanto a situação na Ucrânia continua se desdobrando, o mundo observa atentamente o que a nova administração dos EUA fará, já que as decisões que serão tomadas terão um impacto profundo não apenas sobre a Ucrânia, mas sobre a segurança global.