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Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso em meio a tentativa de golpe

2025-01-15

Autor: Mariana

Em um surpreendente desdobramento político, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso pela polícia sul-coreana na tarde de hoje, após uma tentativa de impor lei marcial no início de dezembro do ano passado. A operação para garantir sua prisão mobilizou mais de três mil agentes, que enfrentaram resistência da equipe de segurança do presidente.

A situação se tornou caótica quando investigadores tiveram que usar escadas para entrar na residência presidencial. A segurança de Yoon montou barricadas e tentou bloquear o acesso à polícia, resultando em conflitos diretos entre os agentes e apoiadores do presidente.

Yoon, ao ser levado sob custódia, criticou as circunstâncias de sua prisão: "É deplorável que o procedimento tenha sido realizado de forma coercitiva com um mandado inválido", afirmou à imprensa. A detenção dele marca um momento histórico, pois é a primeira vez que um presidente em exercício é alvo de um mandado de prisão na Coreia do Sul.

Esse episódio também envolve a prisão do vice-diretor da Agência de Segurança Nacional, Kim Seong-hoon, que é acusado de não colaborar com as autoridades nas investigações contra Yoon.

Manifestantes se mobilizaram em torno da residência presidencial, divididos entre apoiadores e opositores do presidente. Enquanto cerca de 8.700 pessoas se reuniram com cartazes em apoio a Yoon, alegando que sua prisão é ilegal, aproximadamente 200 manifestantes se manifestaram a favor da ação policial.

Essa foi a segunda tentativa de prisão de Yoon. Na primeira ocasião, em 3 de janeiro, uma equipe policial foi impedida de entrar na residência devido à forte presença de guardas e tropas militares.

A investigação contra o presidente se centra em suas tentativas fracassadas de impor a lei marcial durante um período de crescente descontentamento popular. A Assembleia Nacional, em resposta a esses eventos, suspendeu Yoon de seu cargo em 14 de dezembro.

Paralelamente, o político enfrenta um processo de impeachment, que estava programado para começar hoje, mas foi adiado devido à sua ausência no tribunal. Advogados de Yoon justificaram sua não comparência por questões de segurança e temores de possíveis incidentes.

Curiosamente, mesmo estando suspenso do cargo, Yoon recebeu um aumento salarial, passando a ganhar 262 milhões de won, o que equivale a mais de R$ 1 milhão anualmente, segundo informações do Ministério de Gestão de Pessoal e Inovação do país.

Este caso continua a desenvolver-se e pode marcar uma reviravolta significativa na política sul-coreana, com possíveis implicações para o futuro de Yoon e para a estabilidade do governo.