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Wall Street em Alerta: Executivos Temem o Retorno de Trump e Questionam Kamala Harris

2024-09-27

Executivos de Wall Street estão apreensivos com o futuro econômico dos Estados Unidos nas eleições presidenciais, refletindo uma divisão clara entre suas preocupações sobre Donald Trump e suas incertezas em relação à vice-presidente Kamala Harris.

Embora figuras destacadas do setor financeiro como Bill Ackman, John Paulson e George Soros tenham decidido seus apoios, muitos executivos permanecem cautelosos, analisando as propostas econômicas de cada candidato e suas potenciais consequências no sistema democrático e nas instituições financeiras.

Os executivos da alta esfera financeira expressam a preocupação de que as políticas do ex-presidente Trump possam gerar instabilidade, apesar dos cortes de impostos e desregulamentação que ele propõe novamente. A ideia de que Trump possa adotar uma abordagem protecionista e populista faz com que muitos duvidem da sustentabilidade econômica a longo prazo.

Por outro lado, Kamala Harris, que assumiu a candidatura democrata após a desistência do presidente Joe Biden, gera suficiente desconfiança. Os líderes do setor estão divididos entre a esperança de que ela represente uma estabilidade financeira e o temor de que suas políticas possam ser excessivamente regulatórias, continuando a linha de Biden, que já enfrentou resistência de empresas por seu controle mais rigoroso.

Bruce Mehlman, sócio da Mehlman Consulting, ressalta que há uma busca por um entendimento mais profundo sobre as crenças econômicas de Kamala. A vice-presidente não conseguiu satisfazer essas expectativas em seus discursos recentes, o que deixa os executivos em um limbo sobre como se portar diante delas.

Embora Trump prometesse manter cortes de impostos e fortalecer a economia, muitos na Wall Street estão preocupados que suas tarifas de importação possam inflacionar os preços e exacerbar o déficit americano. Durante um evento recente em Nova York, Paulson, um bilionário defensor de Trump, sugeriu que as tarifas poderiam aumentar a receita e ajudar na redução do déficit, mas essa visão não é unanimidade entre os executivos.

Kamala, com um plano que sugere um aumento de impostos, poderia danificar os lucros corporativos, embora, segundo analistas, também ajude a mitigar o crescimento do déficit orçamentário dos Estados Unidos. O bilionário Mark Cuban, que apoia Kamala, argumentou que a economia se beneficiou de períodos de tributação mais alta, notando que qualquer ajuda na redução do déficit seria uma vitória em si.

Ambos os candidatos incluem promessas que carecem de clareza sobre a execução, o que preocupa os empresários. Para muitos, um cenário ideal seria a vice-presidência de Kamala com um Senado de maioria republicana, que poderia bloquear aumentos de impostos e forçar a escolha de moderados para posições chave.

Com um clima de incerteza pairando sobre Wall Street, a próxima eleição presidencial poderá definir não apenas as diretrizes econômicas do país, mas também a confiança do setor financeiro em sua liderança política. O que os executivos realmente desejam saber é: quem poderia ser o verdadeiro aliado ou adversário na luta por um futuro econômico promissor?