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Wall Street: A Surpreendente Desilusão com Trump

2025-04-15

Autor: Carolina

A Grande Expectativa de Fevereiro

Em fevereiro, investidores e magnatas de Wall Street, com suas enormes fortunas, se reuniram como fãs desesperados antes de um show. O astro da vez era Donald Trump, que fez sua primeira aparição ao vivo em Miami Beach em um evento apoiado pela Arábia Saudita.

O público, formado por figuras influentes como Robert Smith da Vista Equity e o CEO da Bridgewater, Nir Bar Dea, aguardou ansiosamente, aplaudindo quando Trump finalmente chegou, uma hora atrasado. "Os EUA sob Trump são o melhor lugar na Terra para inovar e fazer fortuna", declarou, inflamando a plateia.

O Otimismo Que Virou Pessimismo

A princípio, a reação dos mercados financeiros parecia apoiar as afirmações otimistas de Trump. Ninguém mencionou recessão; a especulação era de que a administração Biden tinha sufocado o espírito empreendedor. Contudo, menos de dois meses depois, tudo mudou.

Com a declaração de guerras comerciais em abril, os mercados começaram a tremer. As aquisições corporativas despencaram e gigantes como Delta e Walmart cancelaram suas previsões de lucro, alertando para a desaceleração econômica.

O Efeito Dominó

Por trás do otimismo inicial, vários líderes empresariais começaram a perceber que a abordagem agressiva de Trump poderia ser desastrosa. "Suponhamos que alguém o aconselhe corretamente sobre tarifas, mas ele é teimoso", disse um executivo da Wall Street.

As tarifas impostas por Trump causaram perdas significativas nos mercados, resultando em um impacto que ninguém esperava. A ousadia do presidente em suas políticas comerciais deixou muitos em Wall Street alarmados e nervosos.

A Relação Tensa entre Trump e Wall Street

Tradicionalmente, Trump tem uma relação conturbada com Wall Street, frequentemente se sentindo desprezado pela elite financeira. No entanto, durante sua presidência, ele tentou trazer o setor financeiro para perto, nomeando veteranos da Goldman Sachs para posições chave.

Mas a revolta no Capitólio, em janeiro de 2021, manchou essa relação. Após o evento, muitos em Wall Street começaram a se distanciar, e o apoio ao ex-presidente diminuiu rapidamente.

Um Retorno Estranho?

O que se seguiu foram elogios surpreendentes de líderes empresariais ao redor de Trump, especialmente quando parecia que uma nova vitória poderia surgir em 2024. Chegando a afirmar que a visão de Trump poderia trazer mudanças significativas, alguns executives tentaram se reconciliar.

Entretanto, a presença de um círculo fechado e leal a Trump torna a interação com Wall Street bem mais complicada do que antes. Críticos alegam que isso desencoraja a diversidade de opiniões, afetando suas decisões.

Possibilidade de Mudanças e Incertezas

Contudo, por mais que Trump proclame mudanças, os sinais de instabilidade financeira são claros. O aumento da dívida e o montante substancial de capital privado sob pressão sinalizam uma tempestade no horizonte.

Investidores estão em alerta, cientes de que as políticas de Trump podem levar a um impacto desastroso na economia. A expectativa agora gira em torno da sua capacidade de manobrar nesta nova realidade econômica imprevisível.

Conclusão: O Futuro em Jogo

A saga entre Trump e Wall Street continua a evoluir, com muitos se perguntando se a antiga aliança poderá se reerguer. As incertezas econômicas pairam como uma sombra, tornando o cenário financeiro cada vez mais volátil. Somente o tempo dirá qual será o desfecho dessa intrigante relação.